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Capítulo 6 – Mantras e Ritos

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महा निर्वाण तन्त्रम्
Mahā Nirvāṇa Tantram


Uma tradução feita por:
Karen de Witt
Uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahādeva
(karen_de_witt@hotmail.com)
A partir de diversos autores.
© Todos os direitos reservados. A tradução não pode ser comercializada sob qualquer meio. Este é um trabalho de seva e está disponibilizado gratuitamente na internet.
Rio de Janeiro
PRIMEIRA TRADUÇÃO: 2009
REVISÃO:2020/2021

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Capítulo 6 – Mantras e Ritos

Śrī Devī disse:


6:1 – Como tens bondade para comigo, diga-me, Oh Senhor!, mais particularmente sobre o pañcatattva (os cinco elementos da adoração) e as outras observâncias do qual tu tens falado.

6:2-3 – Śrī Sadāśiva disse: existem três tipos de vinho que são excelentes, dos quais são feitos de melaço, arroz ou de flor madhūka. Existem também vários outros tipos feitos de suco de palmyra e árvore date e conhecidos por vários nomes de acordo com as substâncias dos quais são produzidos. Eles são igualmente apropriados na adoração do Devatā.

6:4 – De qualquer forma que possa ter sido produzido, e por quem quer que o tenha trazido, o vinho, quando purificado, dá ao adorador todo siddhi. Não há distinção de casta para tomar do vinho assim santificado.

6:5 – Carne, novamente, é de três tipos, daqueles de animais aquáticos, da terra e do céu. De quem quer que o tenha trazido e por quem quer que o tenha matado, ela dá, sem dúvida, prazer aos Devatās.

6:6 – O desejo do sādhaka determina o que deve ser oferecido aos Devatās. O que quer que ele goste, a oferta disto conduz ao bem estar.

6:7-8 – Somente animais machos devem ser mortos em sacrifício. É o comando de Śambhu que animais fêmeas não devam ser sacrificados. Existem três tipos superiores de peixe, ou seja, śāla,  pāṭhīna e Rohita. Aqueles que são sem ossos são de qualidade mediana, enquanto aqueles que estão plenos de ossos são de qualidade inferiores. O último, contudo, se bem frito, pode ser oferecido à Devī.

6:9-10 – Existem também três tipos de alimentos em grão, superior, médio e inferior. O excelente e agradável tipo é aquele feito de arroz śāli, branco como um raio de luar, ou de cevada ou trigo, e que é frito na manteiga clarificada (ghee). A variedade de qualidade média é feita de paddy frito (arroz com casca) e semelhantes.

6:11 – Carne, peixe e grãos ressecados, frutos e raízes ou qualquer coisa oferecida ao Devatā junto com vinho, são chamados śuddhi.

6:12 – Oh Devī!, o oferecimento de vinho sem śuddhi, assim como pūjā e tarpaṇa sem śuddhi, torna-se infrutífero e o Devatā não é propiciado.

6:13 – Beber vinho sem śuddhi é como ingerir veneno. O discípulo está sempre doente e vive por curto dia e morre.

6:14 – Oh Grande Devī!, quando a fraqueza do Kaliyuga se torna grande, a própria Śakti ou a esposa deve sozinha ser conhecida como os cinco tattvas. Isto é desprovido de todos os defeitos.

6:15 – Oh Amada da Minha Vida!, nas minhas injunções relacionadas a este (o último tattva), eu tenho falado de Svāyaṁbhu e outros tipos de flores. Como substitutos para eles, contudo, eu gosto de pasta de sândalo vermelho.

6:16 – Nem os tattvas, nem flores, nem folhas e nem frutos devem ser oferecidos à Mahādevī a menos que purificados. O homem que os oferece sem purificação, vai para o inferno.

 

Consagração do Śrī Pātra

6:17 – O Śrī Pātra deve ser colocado na companhia de uma virtuosa śakti (a esposa do adorador); ela (a śakti) deve ser aspergida com o vinho purificado ou água do oferecimento comum (sāmānyārghya) com o seguinte mantra.

6:18-19 – aiṁ klīṁ sauḥ. Saudações a Tripurā. Purifique esta śakti, faça-a minha śakti. Svāhā.

Mantra: aiṁ klīṁ sauḥ tripurāyai namaḥ | imāṁ śaktiṁ pavitrī kuru mama śaktiṁ kuru svāhā ||

6:20 – Se ela, que deve ser a śakti, não for já iniciada, então o māyā bīja (hrīṁ) deve ser sussurrado em seu ouvido, e as outras śaktis que estiverem presentes devem ser adoradas e não tocadas (não deve ter intercurso).

6:21 – O adorador deve, em seguida, no espaço entre si mesmo e o Yantra, desenhar um triangulo com o māyā bīja (hrīṁ) em seu centro e fora do triângulo, e na ordem aqui citada, um círculo, um hexágono e um quadrado.

6:22 – O excelente discípulo deve, em seguida, adorar nos quatro cantos do quadrado as Pīthas devīs, ou seja, Kāma Rūpa, Pūrṇa Śaila, Jālandhara, Uḍḍīyāna, com os mantras formados por seus respectivos nomes, precedidos por bījas formados pela primeira letra de seus respectivos nomes e seguido de namaḥ.

pūṁ pūrṇaśailāya pīṭhāya namaḥ |
uṁ uḍḍīyānāya pīṭhāya namaḥ |
jaṁ jalandharāya pīṭhāya namaḥ |
kāṁ kāmarūpāya pīṭhāya namaḥ |

6:23 – Então, as seis partes do corpo devem ser adoradas nos seis cantos do hexágono. Em seguida, a adoração do triângulo com o mūla mantra e em seguida a Śakti do Suporte com o māyā bīja (hrīṁ) e namaḥ.

hrāṁ hṛdayāya namaḥ || coração || Agni SE – nome do Fogo
hrīṁ śirase svāhā || cabeça || Naiṛta SW – nome de Yama
hrūṁ śikhāyai vaṣaṭ || atrás da cabeça || Vāyu NW – nome do Ar
hraiṁ kavacāya huṁ || braços cruzados || Īśāna NE – nome de Śiva
hrauṁ netratrayāya vauṣaṭ || três olhos || centro
hraḥ karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ astrāya phaṭ || palmas das mãos || N, E, S, W
Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā ||
Mantra de Ādhāra Śakti: hrīṁ ādhāra śaktaye namaḥ ||

6:24 – Lave o receptáculo com o mantra namaḥ e coloque-o (o tripé) sobre o maṇḍala, adorando nele as dez Kalās de Agni com as primeiras letras de seus respectivos nomes como bījas.

6:25-26 – Essas Kalās, os quais são em número de dez, são: Dhūmrā, Arcciḥ, Jvalinī, Sūkṣmā, Jvālinī, Viṣphuliṅginī, Suśrī, Surūpā, Kapilā, Havyakavya-vahā, devem ser proferidas no dativo singular e seguidos pelo mantra namaḥ.

6:27 – A adoração da região de Vahni (Agni) no Ādhāra, ou receptáculo, deve ser feito com o seguinte mantra. Maṁ, saudação ao maṇḍala de Vahni com suas dez Kalās.

Purifique: namaḥ

Kalā de Agni: 1 dhuṁ dhūmrārciṣe namaḥ || 2 āṁ arcciṣe namaḥ || 3 jvaṁ jvalinyai namaḥ || 4 sūm sūkṣmāyai namaḥ || 5 jvāṁ jvālinyai namaḥ || 6 viṁ visphuliṅginyai namaḥ || 7 suṁ suśriyai namaḥ || 8 suṁ surūpāyai namaḥ || 9 kaṁ kapilāyai namaḥ || 10 haṁ havyavahāhāyai namaḥ ||

Mantra: maṁ vahnimaṇḍalāya daśakalātmane namaḥ ||

6:28 – Em seguida, pegando o vaso de oferecimento e purificando-o com o mantra phaṭ, coloque-o sobre o tripé, adorando-o com as 12 Kalās do Sol com os bījas, começando com Ka-Bha a Tha-Da.

6:29 – Essas 12 Kalās são Tapinī, Tāpinī, Dhūmrā, Marīci, Jvālinī, Ruci, Sudhūmrā, Bhogadā, Viśvā, Bodhinī, Dhāriṇī, Kṣamā.

6:30 – Depois disto, adore a região de Sūrya no vaso de oferecimento com o seguinte mantra. Aṁ, saudação ao maṇḍala do Sol com suas doze Kalās.

Purifique: Phaṭ

Kalā Sūrya: 1 kaṁ bhaṁ tapinyai namaḥ | 2 khaṁ baṁ tāpinyai namaḥ | 3 gaṁ phaṁ dhūmrāyai namaḥ | 4 ghaṁ paṁ marīcyai namaḥ | 5 ṅaṁ naṁ jvālinyai namaḥ | 6 caṁ dhaṁ rucaye namaḥ | 7 chaṁ daṁ sudhūmrāyai namaḥ | 8 jaṁ thaṁ bhogadāyai namaḥ | 9 jhaṁ taṁ viśvāyai namaḥ | 10 ñaṁ ṇaṁ bodhinyai namaḥ | 11 ṭaṁ ḍhaṁ dhāriṇyai namaḥ | 12 ṭhaṁ ḍaṁ kṣamāyai namaḥ ||

Mantra: aṁ sūryamaṇḍalāya dvādaśakalātmane namaḥ ||

6:31 – Em seguida, o sādhaka deve preencher o copo do oferecimento como feito com a jarra com três quartos cheios de vinho retirados da jarra, proferindo os mātṛkā bījas na ordem inversa.

6:32 – Preenchendo o restante do copo com água retirada do especial oferecimento, ele deve adorar com uma mente bem controlada os 16 dígitos da Lua, dizendo como bījas cada uma das 16 vogais antes de cada um dos 16 dígitos no dativo singular e seguido do mantra namaḥ.

6:33 – As dezesseis kalās da Lua são Amṛtā, Prāṇadā, Pūṣā, Tuṣṭi, Puṣṭi, Rati, Dhṛti, Śaśinī, Candrikā, Kānti, Jyotsnā, Śrī, Prīti, Aṁgadā, Pūrṇā e Pūrṇāmṛtā, as quais concedem plena realização dos desejos. Como da maneira anteriormente mencionada, o discípulo deve adora Soma com o seguinte mantra.

6:34 – Ūṁ, saudação ao maṇḍala de Soma com seus dezesseis dígitos.

Mātṛkā Bīja (inverso): kṣaṁ laṁ haṁ saṁ ṣaṁ śaṁ vaṁ laṁ raṁ yaṁ maṁ bhaṁ baṁ phaṁ paṁ naṁ dhaṁ daṁ thaṁ taṁ ṇaṁ ḍhaṁ ḍaṁ || ṭhaṁ ṭaṁ ñaṁ jhaṁ jaṁ chaṁ caṁ ṅaṁ ghaṁ gaṁ khaṁ kaṁ || aḥ aṁ auṁ oṁ aiṁ eṁ ḹṁ ḷṁ ṝṁ ṛṁ ūṁ uṁ īṁ iṁ āṁ aṁ ||

Kalās Soma: 1 aṁ amṛtāyai namaḥ | 2 āṁ prāṇade namaḥ | 3 iṁ pūṣāyai namaḥ | 4 īṁ tuṣṭaye namaḥ | 5 uṁ puṣṭaye namaḥ | 6 ūṁ rataye namaḥ | 7 ṛṁ dhṛtaye namaḥ | 8 ṝṁ śaśinyai namaḥ | 9 ḷṁ candrikāyai namaḥ | 10 ḹṁ kāntaye namaḥ | 11 eṁ jyotsnāyai namaḥ | 12 aiṁ śryai namaḥ | 13 oṁ prītaye namaḥ | 14 auṁ aṁgadāyai namaḥ | 15 aṁ pūrṇāyai namaḥ | 16 aḥ pūrṃāmṛtāyai namaḥ ||

Mantra: ūṁ somamaṇḍalāya ṣoḍaśakalātmane namaḥ ||

6:35 – Dūrvā grama, arroz seco no sol, flores vermelhas, folha de varvarā e flor de aparājitā devem ser trazidas no vaso com o mantra hrīṁ e as sagradas águas devem ser invocadas nele.

Purifique: hrīṁ

Invoque: oṁ gaṅge ca yamune caiva godāvari sarasvatī narmade sindhu kāveri jale’smin sannidhiṁ kuru ||

6:36 – Então, cobrindo o vinho e o vaso do oferecimento com o avakuṇṭhana mudrā, e proferindo a armadura bīja huṁ, proteja-o com o astra mantra phaṭ, e convertendo-o em ambrosia com o dhenu mudrā, cubra-o com o matsyā mudrā.

Oculte: avakuṇṭhana mudrā

Armadura: huṁ

Astra arma: phaṭ (estalando três vezes com o indicador e o médio da mão direita na palma da mão esquerda).

Mostre: dhenu e matsyā mudrās

6:37 – Fazendo Japa do mūla mantra dez (10) vezes, o Iṣṭa devatā deve ser invocado e adorado com flores oferecidas nas palmas juntas. Em seguida, carregue o vinho com o seguinte mantra, iniciando com akhaṇḍa.

Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā || 10x

6:38-39 – Oh, Kula Rūpiṇī!, infunda sua alegria natural neste excelente vinho, o qual é a fonte de alegria e felicidade uniforme e ininterrupta. Tu que és Puro Jñana és também o néctar que está em Anaṅga, coloque neste liquido a substancia da ambrosia o qual é a bem aventurança de Brahma.

akhaṇḍakarasānandākare parasudhātmani ||
svacchandasphuraṇām atra nidhehi kularūpiṇī || 38
anaṅgasthāmṛtākāre śuddhajñānakalevare |
amṛtatvaṁ nidhehyasminvastuni klinnarūpiṇi || 39

6:40 – Oh Tu, quem és Aquele!, Tu fazes este arghya um em substancia com Aquele, e tendo se tornado o Kulamṛta, manifeste em mim.

tadrūpeṇaikarasyaṁ ca kṛtvārghyaṁ tatsvarūpiṇī |
bhūtvaṁ kalāmṛtākāramapi visphuraṇaṁ kuru || 40

6:41 – Traga neste grande copo, o qual está pleno de vinho, a essência da ambrosia produzida a partir da essência de tudo que está neste mundo com todos os seus diferentes tipos de sabores.

brahmāṇḍarasasambhūtamaśeṣarasasambhavam |
āpūritaṁ mahāpātraṁ pīyūṣarasamāvaha || 41

6:42 – Eu ofereço como oblação no Fogo do Supremo Eu (Parāhantāmaye) o excelente néctar de Isto é (Idantā) com o qual o copo de eu-ismo é preenchido (ahantāpātrabharitam).

ahaṁtāpātrabharitamidaṁtāparamāmṛtam |
parāhaṁtāmaye vahnai homasvīkāralakṣaṇam || 42

6:43 – Tendo assim consagrado o vinho com o mantra, pensando na união de Śiva e de Śivā, adore-o com lamparina e incenso, oscilando diante do vinho.

6:44 – Esta é a consagração do Śrī Pātra na adoração Kaulika. Sem tal purificação o discípulo é culpado de pecado e a adoração é infrutífera.

 

Os 9 Pātras e as Oblações

6:45-46 – O sábio deve, em seguida, de acordo com a regras prescritas para a colocação do oferecimento comum, colocar entre a jarra e o Śrī Pātra, o Guru Pātra, o Bhoga Pātra, o Śakti Pātra, o Yoginī Pātra, o Vīra Pātra, o Vali Pātra, o Pādya Pātra e o Ācamanīya Pātra, fazendo nove copos ao total.

6:47 – Em seguida, preenchendo os copos com três quartos cheios de vinho da jarra, um bocado de śuddhi (carne, peixe, grãos etc.) do tamanho de um pico deve ser colocado em cada um deles.

6:48 – Em seguida, segurando o copo entre o polegar e o quarto dedo da mão esquerda (polegar e mínimo), tomando um bocado do śuddhi na mão direita, e fazendo o tattva mudrā, tarpaṇa deve ser feito. Esta é a pratica que foi ordenada.

6:49 – Tomando uma excelente gota de vinho do Śrī Pātra e um pedaço de śuddhi, tarpaṇaṁ deve ser feito ao Deva Ānanda Bhairava e à Devī Ānanda Bhairavī.

Mantras: ānanda bhairavam tarpayāmi namaḥ || ānanda bhairavīm tarpayāmi namaḥ || (as duas mãos com as oblações são levadas juntas até o brahmarandhra e o oferecimento é feito lá. Previamente desenhe um triangulo invertido no brahmarandhra se o Devatā é feminino e com o vértice para cima se masculino).

6:50 – Em seguida, com o vinho no Guru Pātra, deve oferecer oblações à linhagem de Gurus. Em primeiro lugar ao guru do próprio sādhaka sentado junto com sua esposa no lótus de mil pétalas. Em seguida, da mesma maneira, aos três outros gurus que são Parama Guru, Parāpara Guru, Parameṣṭi Guru, sucessivamente. Ao oferecer oblações (tarpaṇaṁ) aos quatro Gurus, o Vāgbhava Bīja deve primeiro ser pronunciado, seguido em cada caso pelo nome de cada um dos quatro Gurus.

Mantra 1 (Avalon): aiṁ saśaktika guru (ou paramaguru, parāparaguru e parameṣṭiguru) śrī (nome do guru) ānanda nātha (nome da esposa do guru) devyambā śrī pādukāṁ tarpayāmi namaḥ ||

Mantra 2 (Bhāratī): aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ paramguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ parātparaguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ parameṣṭiguruṁ tarpayāmi namaḥ |

6:51 – Em seguida, com o vinho do Bhoga Pātra, o adorador deve, no lótus do seu coração, oferecer oblações à Ādyā Kālī. Nesta oblação seu próprio bīja deve preceder e svāhā deve seguir seu nome. Isto deve ser feito três vezes.

Mantra 1 (Avalon): krīṁ ādyām kālīm tarpayāmi svāhā || 3x

Mantra 2 (Bhāratī): hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā ādyām kālīm tarpayāmi svāhā ||

6:52 – Em seguida, com o vinho tomado do Śakti Pātra, oblação deve ser oferecida semelhantemente aos Aṅga Devatās (os seis membros) e aos Āvaraṇa Devatās da Devī.

Ṣaḍaṅga Nyāsa nos quatro cantos, em frente e atrás nesta ordem (Avalon)



hrāṁ hṛdayāya namaḥ || coração || Agni SE – nome do Fogo
hrīṁ śirase svāhā || cabeça || Naiṛta SW – nome de Yama
hrūṁ śikhāyai vaṣaṭ || atrás da cabeça || Vāyu NW – nome do Ar
hraiṁ kavacāya huṁ || braços cruzados || Īśāna NE – nome de Śiva
hrauṁ netratrayāya vauṣaṭ || três olhos || centro
hraḥ karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ astrāya phaṭ || palmas das mãos || N, E, S, W

Mantra 2 (Bhāratī): aṅgadevatāstapayāmi svāhā || āvaraṇadevatāstapayāmi svāhā ||

6:53-54 – Em seguida, ele deve fazer o sacrifício para o Vaṭuka. O sábio deve desenhar à sua esquerda uma figura retangular comum e depois adorá-la colocando alimento com vinho, carne e outras coisas.

Mantra (Bhāratī): hrīṁ śrīṁ klīṁ parameśvari svāhā | sayudhāṁ saparikarāmādyāṁ kālīṁ tarpayāmi svāhā ||

6:55 – Com os bījas de Vāk, Māyā, Kamalā, prefixado ao mantra vaṁ, saudações a Vaṭuka. Vaṭuka deve ser adorado no Leste do retângulo desenho e então oferecimento deve ser feito a ele com o mantra.

Mantra 1 (Avalon): aiṁ hrīṁ śrīṁ vaṁ vaṭukāya namaḥ ||

Mantra 2 (Bhāratī): eṣa sudhāmiṣānvitabaliḥ aiṁ hrīṁ śrīṁ vaṁ vaṭukāya namaḥ ||

6:56-57 – Com o mantra yāṁ às yoginīs, svāhā, oferecimento deve ser feito às yoginīs no Sul do retângulo e, em seguida, Kṣetrapāla deve ser adorado no Oeste do retângulo com o mantra kṣetrapālāya namaḥ precedido da letra kṣaṁ pelo qual em sucessão longas vogais são adicionados com o Bindu

Mantra: yāṁ yoginῑbhyo svāhā ||

Mantra 1 (Avalon): kṣāṁ kṣīṁ kṣūṁ kṣaiṁ kṣauṁ kṣaḥ kṣetrapālāya namaḥ ||

Mantra 2 (Bhāratī): eṣa sudhāmiṣānvitabaliḥ kṣāṁ kṣīṁ kṣūṁ kṣaiṁ kṣauṁ kṣaḥ kṣetrapālāya namaḥ ||

6:58-60 – Seguindo-se a isto, oferecimento deve ser feito a Gaṇapati no Norte com o mantra formado por adicionar a letra Ga às seis vogais longas em sucessão com o Bindu seguido do nome Gaṇeśa no dativo singular e terminando com Svāhā. Por fim, oferecimento deve ser feito dentro do retângulo a todos os Bhūtas de acordo a forma apropriada. Proferindo hrīṁ śrīṁ, sarva vighna kṛdbhyaḥ e adicionando sarva bhūtebhyaḥ e então hūṁ phaṭ svāhā, o mantra é formado.

Mantra 1 (Avalon): gāṁ gīṁ gūṁ gaīṁ gauṁ gaḥ gaṇeśāya svāhā ||

Mantra 2 (Bhāratī): eṣa sudhāmiṣānvitabaliḥ gāṁ gīṁ gūṁ gaīṁ gauṁ gaḥ gaṇapataye svāhā ||

Mantra 1 (Avalon): hrīṁ śrīṁ sarva vighna kṛdbhyaḥ sarva bhūtebhyaḥ huṁ phaṭ svāhā ||

Mantra 2 (Bhāratī): eṣa sudhāmiṣānvitānnabaliḥ hrīṁ śrīṁ sarva vighna kṛdbhyaḥ sarva bhūtebhyo phaṭ svāhā ||

6:61-62 – Em seguida, um oferecimento a Śivā deve ser feito na maneira ordenada com o seguinte mantra. Oṁ, Oh Devī! Oh Śivā, Oh Exaltada, tu estás na forma da Conflagração final à Dissolução das coisas, digne-se a aceitar este sacrifício e revelar claramente para mim o bom e mal que eu devo receber. Hrīṁ srīṁ krīṁ parameśvari svāhā. Este oferecimento é para ti. Obediência à Śivā. Oh Sagrada! Eu tenho descrito a ti o modo de formação do círculo de adoração (cakra pūjā ou cakrānuṣṭāna) e a colocação dos copos e outros ritos)

Mantra: gṛhṇa devi mahābhāge śive kālāgrihṇapṇī | śubhāśubhaṁ phalaṁ vyaktaṁ brūhi gṛhṇa baliṁ tava || hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā eṣa baliḥ śivāyaiḥ namaḥ ||

6:63-64 – Em seguida, fazendo com as duas mãos o kacchapa mudrā (tartaruga), deixe o sādhaka tomar com suas mãos uma bela flor perfumada com sândalo, fragrância aloé e açafrão e mantê-la junto ao seu coração. Deixe-o meditar na mais suprema Ādyā no lótus de seu coração.

6:65-66 – O sādhaka deve, em seguida, conduzir a Ādyā Kālī (no seu coração) junto do caminho (central nervo no merudaṇḍa) que leva a Brahman e o qual está dentro de Suṣumṇā Nāḍī, ao grande lótus de mil pétalas (sahasrāra) e lá fazê-la rejubilante (por sua união com Śiva). Em seguida, trazendo-a através de suas narinas (como se outra Ādyā Kālī emanasse dela) como luz a partir da luz, deixe o sādhaka coloca-la na flor (que está em suas mãos). O sādhaka versado no mantra, com firme fé, deve então colocar a flor no Yantra e com as mãos juntas orar com toda devoção ao seu Iṣṭa Devatā com o mantra.

6:67-69 – Oh Rainha dos Devas! Tu que és facilmente alcançada por meio da devoção. Permaneça aqui, eu te peço, com todos os teus seguidores, enquanto eu te adoro. Krīṁ, Oh Ādyā Devī Kālikā! Venha aqui com todos os teus seguidores e fique estabelecida aqui. Aceite minha adoração.

Mantra: krīṁ ādye kālike devi parivārādibhiḥ saha ihā gaccha ihā gaccha iha tiṣṭha iha sannidhehi iha sannirudhyasva mama pūjāṁ gṛhāṇa ||

 

Prāṇapratiṣṭhāpana

6:70 – Tendo assim invocado a Devī no Yantra, a Vida (prāṇa) da Devī deve ser infundida lá pelo seguinte Pratiṣṭhā mantra.

6:71-74 – Āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā. Possa a vida deste Devatā estar aqui. Āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā. Possa seu Jīva (Jīva da Devī) estar aqui. Āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā. Possa todos seus sentidos estarem aqui. Āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā. O discurso, mente, visão, olfato, audição, toque e os ares vitais de Ādyā Kālī Devatā possam vir aqui e estarem alegremente aqui para sempre. Svāhā.

Mantra (Avalon e Bhāratī):

āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā ādyākālīdevatāyāḥ prāṇā iha prāṇāḥ |
āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā ādyākālīdevatāyāḥ jīva iha sthitaḥ |
āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā ādyākālīdevatāyāḥ sarvendriyāṇi |
āṁ hrīṁ kroṁ śrīṁ svāhā ādyākālīdevatāyāḥ vaṅmanonayanaghrāṇaśrotratvak prāṇāḥ ihāgatya sukhaṁ ciraṁ tiṣṭhantu svāhā ||

6:75 – Tendo recitado o mantra acima três vezes, e tendo na devida forma colocado Vida (da Devī) no Yantra com o Lelihāna Mudrā, com as palmas unidas, o adorador deve dizer o mantra:

Lelihāna Mudrā (Dakṣinā-Mūrti Saṁhitā): todos os dedos devem estar dobrados, com o polegar tocando a raiz do anelar, e somente o dedo mínimo deve ser esticado. Bhāratī se refere a essa mudrā em seu texto.

Lelihāna Mudrā 2: Os dois punhos fechados são colocados perto das duas orelhas, a boca é bem aberta e a língua projetada para fora.

Mudrās do Pratiṣṭhā Mantra (Tarkālaṅkāra Tantra): deve-se mostrar Lelihāna, Khaḍga, Muṇḍa, Vara e Abhaya Mudrās após a recitação do mantra acima.


Sakalīkṛti ou Sakalīkaraṇa Pūjā (Nyāsa)

6:76 – Oh Ādyā Kālī!, tu fizeste uma boa viagem? Esta vinda é agradável para ti? Ó Kali, podes sentar-te neste assento?

ādyā kālī svāgataṁ te susvāgatamidaṁ tava |

āsanaṁ cedamatra tvayāsyatāṁ parameśvarī ||

6:77 – Em seguida, para a purificação do Devatā, enquanto recita o mūla mantra, o sādhaka deve aspergir três (3) vezes a água da oblação especial (viśeṣārghya) sobre a devī e em seguida fazer nyāsa com os seis membros da Devī. Esta cerimonia é chamada Sakalīkṛti. Em seguida, a Devī deve ser adorada com todos os dezesseis (16) oferecimentos.

Ṣaḍaṅga Nyāsa

hrāṁ hṛdayāya namaḥ || coração
hrīṁ śirase svāhā || cabeça
hrūṁ śikhāyai vaṣaṭ || atrás da cabeça
hraiṁ kavacāya huṁ || braços cruzados
hrauṁ netratrayāya vauṣaṭ || três olhos
hraḥ karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ astrāya phaṭ || palmas das mãos

 

Ṣoḍaśa Upacāra

6:78-79 – Estes oferecimentos são: (1) água para lavar os pés (pādyam); (2) água para oferecimento (arghyam); (3) água para lavar a boca (ācamanīyam); (4) água para o seu banho (snānam); (5) ornamentos (basanam); (6) joias (bhūvaṇam); (7) perfumes (gandhaṁ); (8) flores (puṣpam); (9) incenso (dhūpam); (10) lamparina (dīpam); (11) alimento (naivedyam); (12) água para lavar sua boca (punaracamanīyam); (13) vinho (amṛtam); (14) tāmbūlam (pāna); (15) água para oblação (tarpaṇa); e (16) obediência, saudações (namaskāram).

6:80 – Proferindo o Ādyā Bīja (hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā) e dizendo esta água é para lavar os pés de Ādyā, para o Devatā namaḥ, ofereça água para lavar os pés da Devī. Ao fazer o oferecimento de arghya, o mesmo deve ser colocado na cabeça da Devī e o mantra deve terminar com svāhā.

6:81 – Então o sādhaka versado em mantra deve oferecer água para lavar a boca na boca da Devī o mantra deve terminar com a palavra svadhā. E então o adorador deve oferecer na boca de lótus da Devī Madhuparka com o mantra terminando com a palavra svadhā. Ele deve oferecer água para lavar a boca pela segunda vez com o mantra terminando com vaṁ svadhā.

6:82 – Em seguida, o sādhaka deve oferecer água para o banho, roupas e joias dizendo o mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā, eu ofereço esta água para banho, estes ornamentos e estas joias, tudo partes do corpo da Primordial Kālikā, svāhā.

6:83 – Então o adorador deve, com o mesmo mantra, mas terminando com namaḥ, oferecer perfume com seu dedo médio e o anelar ao lótus do coração (da Devī) e com o mesmo mantra, mas terminando com vauṣaṭ, ele deve, semelhantemente, oferecer flores a ela.

6:84-87 – Tendo colocado o incenso e lamparina em frente da Devī e aspergindo-os com água, eles devem ser dados a ela com o mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā, este incenso e esta luz eu humildemente ofereço a Ādyā Kālikā. Depois de adorar o sino com incenso e flores com o mantra, “o perfume e flores são oferecidos ao mantra o qual é som e toques o triunfo da Mãe, svāhā”, ele deve fazer soar o sino com sua mão esquerda e com a mão direita ele deve oscilar o incenso nas narinas da Devī. Em seguida, colocando o incenso à esquerda da Devī, ele deve oscilar a luz dez vezes diante da Devī dos seus pés aos seus olhos. Então, tomando o copo e o śuddhi com suas duas mãos, o sādhaka deve, enquanto recita o mūla mantra, oferece-los ao centro do yantra.

6:88 – Oh tu que acabaste com um crore (dez milhões) de Kalpas (duração da vida de Brahmā, 4.320.000 anos humanos)!, tome este excelente vinho, bem como o śuddhi, e conceda-me liberação.

Ādyā Bīja (Bhāratī): hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā ||

Ādyā Bīja | idaṁ pādyaṁ ādyākālīdevatāyai namaḥ || água para lavar os pés
Ādyā Bīja | idaṁ arghyaṁ ādyākālīdevatāyai svāhā || água para oferecimento, na cabeça
Ādyā Bīja | idaṁ ācamanīyaṁ ādyākālīdevatāyai svāhā || água para lavar a boca
Ādyā Bīja | eṣa madhuparkaḥ ādyākālīdevatāyai svāhā || iogurte, ghee e mel
Ādyā Bīja | punarācamanīyaṁ ādyākālīdevatāyai vaṁ svāhā || água novamente para lavar a boca
Ādyā Bīja | idaṁ snānīyaṁ ādyākālīdevatāyai nivedayāmi || água na cabeça
Ādyā Bīja | idaṁ vasanaṁ ādyākālīdevatāyai nivedayāmi || roupas
Ādyā Bīja | etāni bhūṣaṇāni ādyākālīdevatāyai nivedayāmi || ornamentos
Ādyā Bīja | eṣa gandhaḥ ādyāyai kālyai namaḥ || perfume com o dedo anelar
Ādyā Bīja | idaṁ puṣpaṁ ādyākālīdevatāyai vauṣaṭ || flores
Ādyā Bīja | jayadvanimantramātaḥ svāhā | cimbalar o sino e recitar, além deste, o verso seguinte
Ādyā Bīja | etau dhūpadīpau ādyākālīdevatāyai nivedayāmi || incenso e lamparina devem ser oscilados na frente da divindade
Ādyā Bīja | idaṁ madyaṁ imāṁ śuddhi ca ādyāyai kālikāyai nivedayāmi || vinho e śuddhi
Ādyā Bīja | etatsarvopakaraṇānvitaṁ siddhānnamiṣṭadevatāyai nivedayāmi śive haviridaṁ juṣāṇa oṁ āmānnaṁ || alimento

6:89 – Em seguida, desenhando uma figura (em frente do Yantra) de acordo com as regras normais de adoração, coloque o prato com alimento lá.

6:90 – Aspirja o alimento (com o mantra phaṭ) e cubra-o com o avakuṇṭhana mudrā (e o mantra hūṁ) e então novamente proteja-o com o mantra phaṭ. Dizendo vaṁ e exibindo Dhenu Mudrā sobre ele, ele deve ser feito néctar de imortalidade. Em seguida, depois da recitação do mūla mantra sete vezes, ele deve ser oferecido à Devī com a água retirada do vaso de oferecimento (arghya). 

Proteja: phaṭ
Cubra: avakuṇṭhana
Bīja: hūṁ
Proteja: phaṭ
Mostre: dhenu mudrā
Recite: vaṁ
Mūla Mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā ||

6:91 – O adorador, depois de recitar o mūla mantra, deve dizer: este alimento cozido, com todas as outras necessidades, eu ofereço a Ādyā Kālī, minha Iṣṭa Devī. Ele deve então dizer: Oh Śivā, participe desta oferta.

Mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā | etatsarvāpakaraṇānvitaṁ sidvānnamiṣṭadevatāyai nivedayāmi śive haviridaṁ juviridaṁ juṣāṇa auṁ āmānnaṁ ||

6:92 – Então, ele deve fazer a Devī comer o oferecimento por meio das cinco mudrās chamadas Prāṇa, Apāna, Samāna, Vyāna e Udāna mudrās (mudrās juntando dedos das mãos e apontando para a Devī).

oṁ prāṇāya svāhā || junte e aponte polegar, médio e anelar
oṁ āpānāya svāhā || polegar, indicador e médio
oṁ samānāya svāhā || polegar, anelar e mínimo
oṁ udānāya svāhā || polegar, indicador, médio e anelar
oṁ vyānāya svāhā || todos os dedos ficam unidos

6:93-94 – Em seguida, forme, com a mão esquerda o Naivedya Mudrā, o qual é semelhante a um lotus desabrochando. Em seguida, enquanto recita o mūla mantra, a jarra com vinho deve ser oferecida à Devī para ela beber. Depois disto, novamente ofereça água para lavar sua boca e seguindo isto uma tripla oblação deve ser feita à Devī com vinho do copo do Śrī Pātra.

Naivedya Mudrā: (palma esquerda é mostrada e todos os dedos mantidos esticados)
Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari kālike svāhā ||
Mantra Ācamanīya: Ādyā Bīja | idaṁ ācamanīyam ādyākālīdevatāyai svāhā || água para lavar a boca
Mantra Oblação: Ādyā Bīja | madyaṁ tarpayāmi namaḥ || 3x


Āvaraṇa Pūjā

6:95-96 – Em seguida, recitando o mūla mantra, deixe o sādhaka oferecer cinco mãos cheias de flores para a cabeça, coração, mūlādhāra, pés e todas as partes do corpo da Devī com o mantra. Oh Iṣṭa Devatā, estou agora adorando os Devatās que a rodeiam, namaḥ.

Mantra: iṣṭadevate tava āvaraṇadevān pūjayāmi namaḥ || (āvaraṇa devatās)

6:97 – As seis partes do corpo da Devī devem, então, ser adoradas nos quatro cantos do Yantra e em frente e atrás nesta ordem, e então as três linhas dos Gurus devem ser adoradas.

hrāṁ hṛdayāya namaḥ || coração || Agni SE – nome do Fogo
hrīṁ śirase svāhā || cabeça || Naiṛta SW – nome de Yama
hrūṁ śikhāyai vaṣaṭ || atrás da cabeça || Vāyu NW – nome do Ar
hraiṁ kavacāya huṁ || braços cruzados || Īśāna NE – nome de Śiva
hrauṁ netratrayāya vauṣaṭ || três olhos || centro
hraḥ karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ astrāya phaṭ || palmas das mãos || N, E, S, W

Três Linhas dos Gurus

1 Divyaugha – linhagem dos gurus celestiais

1 Mahādevānanda Nātha | 2 Mahūkālānanda Nātha | 3 Bhairavānanda Nātha | 4 Vighneśvarānanda Nātha ||

2 Sidhaugha – linhagem dos gurus realizados

1 Brahmānanda Nātha | 2 Pūrṇadevānanda Nātha | 3 Calacchittānanda Nātha | 4 Calācalānanda Nātha | 5 Kumārānanda Nātha ||

3 Mānavaugha – linhagem dos gurus humanos

1 Vimalānanda Nātha | 2 Bhīmasenānanda Nātha | 3 Sudhākarānanda Nātha | 4 Nīlānanda Nātha | 5 Gorakṣānanda Nātha | 6 Bhoja Devānanda Nātha | 7 Vighneśvarānanda Nātha | 8 Hutāśanānda Nātha | 9 Samayānanda Nātha | 10 Nakulānanda Nātha ||

6:98 – Em seguida, com perfume e flores, adore os Kula Gurus, ou seja, o Guru, Paramaguru, Parāparaguru, Parameṣṭhi guru (como feito anteriormente).

6:99 – Em seguida, com o vinho no Guru Pātra, faça três tarpaṇas para cada um (Kula Gurus)

Mantra 1 (Avalon): aiṁ saśaktika guru (ou paramaguru, parāparaguru e parameṣṭiguru) śrī (nome do guru) ānanda nātha (nome da esposa do guru) devyambā śrī pādukāṁ tarpayāmi namaḥ ||

Mantra 2 (Bhāratī): aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ paramguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ parātparaguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ śrīguruṁ tarpayāmi namaḥ | aiṁ sapatnīkamamukānandanāthaṁ parameṣṭiguruṁ tarpayāmi namaḥ |

6:100 – No lótus de oito pétalas, adores as oito Mães, que são as oito Nāyikās, ou seja, Maṅgalā, Vijayā, Bhadrā, Jayantī, Aparājitā, Nandinī, Nārasiṁhī e Kaumārī.

(*) Tarkālaṅkāra dá mantras para o tarpaṇa dos quatro Kulagurus. Ele diz que em quase todos os Tantras, a regra é adorar e fazer tarpaṇa para as 15 Yognīs e as 8 Śaktis. As 15 Yoginīs são Kālī, Kapālinī, Kullā, Kurukullā, Virodhinī, Vipracittā, Ugrā, Ugraprabhā, Dīptā, Nīlā, Ghanā, Valākā, Mātrā, Mudrā, Mitā. As Śaktis são Brāhmī, Nārayaṇī, Mācchyarī, Cāmuṇḍā, Kaumārī, Aparājitā, Vārāhi e Nārasiṁhī. O mantra para adoração delas é: “oṁ kālīdevyambā śrīpādukāṁ pūjayāmi namaḥ svāhā”. A adoração é feita tomando o vinho do Yoginī Pātra segurado em tattva mudrā com a mão esquerda enquanto o śuddhi é semelhantemente mantido na mão direita. As duas mãos são unidas e tarpaṇa é feito em um triangulo invertido desenhado no coração do sādhaka. O tarpaṇa das outras Yoginīs é feito da mesma maneira. 

Adoração das 8 Mães nas 8 Pétalas (dativo singular): oṁ maṅgalāyai namaḥ || oṁ vijayāyai namaḥ || oṁ bhadrāyai namaḥ || oṁ jayantyai namaḥ || oṁ aparājitāyai namaḥ || oṁ nandinyai namaḥ || oṁ nārasiṃhyai namaḥ || oṁ kaumāryai namaḥ ||

6:101-102 – Nas pontas das pétalas adore os oito (8) Bhairavas, Asitāṅga, Ruru, Caṇḍa, Krodhonmatta, Bhayaṁkara, Kapālī, Bhīṣaṇa e Saṁhāra.

Adoração dos 8 Bhairavas no Bhūpura (dativo singular): oṁ asitāṅgāya namaḥ || oṁ rurave namaḥ || oṁ caṇḍāya namaḥ || oṁ krodhonmattāya namaḥ || oṁ bhayaṁkarāya namaḥ || oṁ kapālyai namaḥ || oṁ bhīṣaṇāya namaḥ || oṁ saṁhārāya namaḥ ||

6:103 – Indra e os outros Dikpālas devem ser adorados no Bhūpura, e suas armas fora do Bhūpura, e então Tarpaṇa deve ser feito para eles.

Adoração dos Dikpālas (dativo singular): oṁ laṁ indrāya namaḥ || Leste; oṁ raṁ agnaye namaḥ || Sudeste; oṁ maṁ yamāya namaḥ || Sul; oṁ kṣaṁ niṛtye namaḥ || Sudoeste; oṁ vaṁ varuṇāya namaḥ || Oeste; oṁ yaṁ vāyuve namaḥ || Noroeste; oṁ śaṁ kuberāya namaḥ || Norte; oṁ īśānāya agnaye namaḥ || Nordeste; oṁ āṁ brahmane namaḥ || No Alto; oṁ hrīṁ anantayāya namaḥ || Em baixo.

Adoração das Armas dos Dikpālas (dativo singular): oṁ vaṁ vajrāya namaḥ || Indra, Leste || Vajra (trovão); oṁ śaṁ śaktaye namaḥ || Agni, Sudeste || Śakti (lança); oṁ daṁ daṇḍāya namaḥ || Yama, Sul || Daṇḍa (cajado); oṁ khaṁ khaḍgāya namaḥ || Niṛti, Sudoeste || Khaḍga (espada); oṁ pāṁ pāśāya namaḥ || Varuṇa, Oeste || Pāśa (laço); oṁ aṁ aṅkuśāya namaḥ || Vāyu, Noroeste || Aṅkuśa (aguilhão); oṁ gaṁ gadāyai namaḥ || Kubera, Norte || Gadā(maça); oṁ śūṁ śūlāya namaḥ || Īśāna, Nordeste || Triśūla (tridente); oṁ paṁ padmāya namaḥ || Brahma, no alto || Padma (lótus); oṁ caṁ cakrāya namaḥ || Ananta, no baixo || Cakra (disco).


Balidāna

6:104-106 – Depois, adorando a Devī com todos os oferecimentos (Upacāra), o sādhaka deve fazer sacrifício de um animal para ela. Os dez animais aprovados, os quais podem ser sacrificados, são veado, bode, ovelha, búfalo, porco, porco-espinho, lebre, iguana, tartaruga e rinoceronte; mas outros animais também podem ser sacrificados se o adorador assim desejar.

6:107-108 – O sādhaka, versado nas regras do sacrifício, deve selecionar um animal livre de doenças e defeitos e, colocando-o diante da Devī, deve aspergi-lo com a água do Viśeṣārghya, e por meio do dhenu mudrā, deve fazê-lo néctar. Deixe-o então adorar o bode (ovelha ou qualquer outro animal que está sendo sacrificado) com o mantra “namaḥ ao bode, o qual é a besta”, e com perfumes, flores, vermelhão, alimento e água. Em seguida, ele deve sussurrar no ouvido direito da besta o Gāyatrī mantra, o qual corta o laço de sua vida como um animal. O Paśu Gāyatrī, o qual libera um animal de sua vida como uma besta é como se segue: depois da palavra paśupāśāya diga vidmahe, então a palavra viśvakarmaṇe, depois dhīmahi e então tanho jīvaḥ pracodayāt.

Mantra: namaḥ chāgāya paśave || o nome chāga, é um nome para “bode”. Isto deve ser mudado no momento da seleção do animal do sacrifício.

Paśu Gāyatrī Mantra: oṁ paśupāśāya vidmahe viśvakarmaṇe dhīmahi | tanno jīvaḥ pracodayāt ||

6:109-110 – Vamos trazer à mente os laços da vida de um animal. Vamos meditar no Criador do Universo. Que Ele possa te liberar desta vida (de animal). Este é o Paśu Gāyatrī. 

6:111-112 – Em seguida, tomando a faca do sacrifício (khaḍga), o excelente sādhaka deve adorar a faca com o bīja hūṁ e, então, adorar Vagiśvarī e Brahmā no final da faca, Lakṣmī e Nārāyaṇa no meio e Umā e Maheśvara no cabo.

6:113 – A faca deve ser adorada com o mantra: namaḥ à faca do sacrifício infundida com a presença de Brahmā, Viṣṇu e Śiva e suas Śaktis.

Mantra: brahmaviṣṇuśivaśaktiyutāya khaḍgāya namaḥ ||

6:114 – Então, dedicando-a com o Mahāvākya, ele deve, com as mãos postas, dizer o mantra: “Que essa dedicação a ti possa estar de acordo com os ritos ordenados”.

Mantra: yathoktena vidhānena tubhyamastu samarpitam ||

Mahāvākya Mantra (Avalon): viṣṇurom tatsat oṁ adya (aqui o adorador insere o dia, mês, pakṣa, posição do Sol no zodíaco) samastābhīpsita padārtha siddhi kāmaḥ (desejoso de obter sucesso e o objeto de todos os desejos. Aqui é dado o nome e o Gotra do realizador do sacrifício) aham iṣṭa devatāyai paśu mimam sampradade (eu ofereço ao Iṣṭa Devatā este animal).

Mahāvākya Mantra (Hariharānanda Bhāratī): viṣnuḥ om tat sat | oṁ adya āmukamāsi | āmukapakśe | āmukatithau | amukaraśisthite bhaskare samastābhīpsita padārtha siddhi kāmaḥ | āmukagotraḥ | āmukaśarmāhamiṣṭadevatāyai | idaṁ paśuṁ sampradade ||

6:115-117 – Tendo assim oferecido o animal à Devī, ele deve ser colocado no chão. O adorador, então, com devoção à Devī, deve cortar a cabeça do animal com um golpe certeiro. Isto pode ser feito quer pelo próprio adorador ou por seu irmão, ou filho de seu irmão, um amigo, ou um parente, mas nunca por um inimigo. O sangue, enquanto ainda quente, deve ser oferecido aos Vaṭukas. Em seguida, a cabeça, com uma lamparina sobre ela, deve ser oferecida à Devī com o seguinte mantra. Krīṁ, esta cabeça com uma lamparina sobre ela eu ofereço à Devī, namaḥ.

Mantra para os Vaṭukas (Avalon): oṁ eṣaḥ kavoṣṇa rudhira baliḥ baṭukebhyo namaḥ ||

Mantra para os Vaṭukas: eṣa kavoṣṇa rudhira baliḥ oṁ baṭukebhyo namaḥ ||

Mantra para Kālī (Avalon): krīṁ eṣaḥ sapradīpa śīrṣaḥ baliḥ śrīmadādyā kālikāyai devyai namaḥ ||

Mantra para Kālī (Bhāratī): eṣa sapradīpa śīrṣaḥ baliḥ oṁ hrīṁ devyai namaḥ ||

6:118 – Este é o rito de sacrifício (balividhiḥ) dos Kaulikas na adoração Kaula. Se ele não for observado, o Devatā nunca é agradado.


Homa

6:119 – Depois disto, homa deve ser realizado. Ouça, oh amada!, as regras que se relacionam com isso.

6:120 – O adorador deve, com areia, fazer à sua direita um quadrado de um côvado cada lado. Deixe-o, então, recitando o mūla mantra, olhar para ele e acaricia-lo com um fiapo de grama kuśa recitando o astra bīja (phaṭ) e então aspergi-lo com água acompanhado do mesmo bīja mantra.

Mantra: phaṭ

6:121 – Então, cobrindo com o kūrca bīja (hūṁ), ele deve dizer “obediência ao Sthaṇḍila da Devī”.

Mantra: sthaṇḍilāya namaḥ ||

6:122-123 – Em seguida, dentro do quadrado, três linhas devem ser desenhadas de Leste a Oeste e três linhas de Sul a Norte, do comprimento de um prādeṣa (comprimento da ponta do polegar ao indicador quando separados). Quando isto for feito, os seguintes Devatās devem ser adorados sobre essas linhas. Sobre as linhas de Oeste a Leste, adore Mukunda (Viṣṇu), Īśa (Śiva) e Purandara (Indra). Sobre as linhas de Sul a Norte adore Brahmā, Vaivasvata (Yama) e Indu (Candra).

oṁ mukundāya namaḥ || oṁ īśāya namaḥ || oṁ purandarāya namaḥ || oṁ brahmāṇe namaḥ || oṁ vaivasvatāya namaḥ || oṁ indave namaḥ ||

6:124 – Então um triangulo deve ser desenhado dentro do quadrado e dentro o bīja hsauḥ deve ser escrito. Fora do triângulo desenho um hexágono e fora deste um círculo. Fora do círculo um lotus com oito pétalas e fora do lótus um Bhūpura (quadrado) com quatro entradas. Assim o sábio deve desenhar o excelente Yantra (Rāja Yantra de Ādyā Kālī).

 


Mahā preta bīja: hsauḥ

6:125 – Tendo adorado, com o mūla mantra e com oferecimentos de flores, o espaço assim marcado (yantra) e lavado os artigos para o Homa com o praṇava (bīja oṁ), o inteligente deve primeiro proferir o Māyā Bīja (hrīṁ), adorar o pericarpo do lotus de Ādhāra Śakti e os outros, quer individualmente ou coletivamente.

Praṇava bīja: oṁ

Māyā bīja: hrīṁ

Mantra coletivo: hrīṁ ādhāraśaktibhyo namaḥ ||

Mantras suporte 1º Grupo: hṛdayāmbuje (coração) || ādhāra śaktaye namaḥ (Prakṛti) || kūrmāya namaḥ (Kūrma) || śeṣāya namaḥ (Ananta) || pṛthivyai namaḥ (Terra) || sudhāmbudhaye namaḥ (Oceano de Néctar) || maṇidvīpāya namaḥ (Ilha de Joias) || pārijātatarave namaḥ (Árvore dos desejos) || cintāmaṇi gṛhāya namaḥ (Salão de Joias) || maṇimāṁkyavedikāyai namaḥ (Altar e Assento de Joias) || padmāsanāya namaḥ (Trono de Joias) || todos estes adorados no pericarpo

6:126-127 – Piedade (Dharma), Conhecimento (Jñāna), Desapego (Vairāgya) e Domínio (Aiśvaryya) devem ser adorados nos cantos de Agni, Īśāna, Vāyu e Naiṛrtia do Yantra, respectivamente. E a negação dessas qualidades são adoradas no E, N, W e S, respectivamente. No centro Ananta e Padma são adorados.

Mantras suporte 2º Grupo: dakṣaskandhe dharmāya namaḥ (SE) || vāmaskandhe jñānāya namaḥ (NE) || vāmakaṭau aiśvaryāya namaḥ (NW) || dakṣakaṭau vairāgyāya namaḥ (SW) || mukhe adharmāya namaḥ (E) || vāmapārśve ajñānāya namaḥ (N) || nābhau anaiśvaryāya namaḥ (W) || dakṣapārśve avairāgyāya namaḥ (S) || oṁ anantāya namaḥ || oṁ padmāya namaḥ || são adorados nos quadrantes e os dois últimos no centro.

6:128-129 – Em seguida, adore o Sol com seus doze dígitos (kalās) e a Lua com seus dezesseis dígitos e, então, no filamento começando do Leste, adore Pītā (E) e então Śveta (NE), Aruṇā (N), Kṛṣṇa (NW), Dhūmrā (W), Tibrā (SW), Sphuliṁginī (S), Rucirā (SE), nesta ordem, e no centro Jvalinī.

Mantras suporte 3º Grupo:

Mantra Sūrya: oṁ sūryamaṇḍalāya dvādaśakalātmane namaḥ ||

Mantra Soma: oṁ somamaṇḍalāya ṣoḍaśakalātmane namaḥ ||

Mantra Filamentos (cores do fogo): oṁ pītāya namaḥ (E) || oṁ śvetāya namaḥ (NE) || oṁ aruṇāya namaḥ (N) || oṁ kṛṣṇave namaḥ (NW) || oṁ dhūmrāyai namaḥ (W) || oṁ tibrāya namaḥ (SW) || oṁ sphuliṁginyai namaḥ (S) || oṁ rucirāya namaḥ (SE) || oṁ jvalinyai namaḥ (Centro) ||

6:130-131 – Na adoração praṇava (oṁ) deve começar o mantra e namaḥ deve terminá-lo. O assento do Fogo deve ser adorado com o mantra “raṁ, saudação ao assento de Agni.” Em seguida, o mantrin deve meditar em Devī Vāgīśvarī (Sarasvatī) como depois dela ter se banhado, com olhos como lótus azuis, no assento do Fogo no abraço de Vāgīśvara (Brahmā), e adorando-os no assento do fogo com o māyā bīja (hrīṁ).

Mantra de Agni: oṁ raṁ vahnerāsanāya namaḥ ||

Mantra de Vāgīśvara: oṁ hrīṁ brahmaṇe namaḥ ||

Mantra de Vāgīśvarī: oṁ hrīṁ vāgīśvaryai namaḥ ||

6:132 – Depois da adoração de Vāgīśvarī e de Vāgīśvara no assento do fogo com o māyā bīja, o sādhaka deve trazer o fogo da maneira prescrita e o olhar atentamente enquanto, repetindo o mūla mantra, invoca Vahni nele com o mantra phaṭ;

Mūla Mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā ||

Mantra: agnivīkṣaṇa phaṭ ||

6:133 – Em seguida, o assento do fogo deve ser adorado no yantra com o mantra, oṁ, saudação ao yoga pīṭha do fogo, nos quatro lados iniciando no Leste e terminando no Sul, Vāmā, Jyeṣṭhā, Raudrī, Ambikā, devem ser adorados na ordem dada.

Mantra Pīṭha Agni: oṁ vahneryogapṭhāya namaḥ ||

Mantra quadrantes: oṁ vāmāyai namaḥ (E) || oṁ jyeṣṭhāyai namaḥ (N) || oṁ raudryai namaḥ (W) || oṁ ambikāyai namaḥ (S) ||

amukyā devatāyāḥ sthaṇḍilāya namaḥ

6:134 – Em seguida, o espaço marcado (sthaṇḍila) deve ser adorado com o mantra, saudação ao sthaṇḍila da reverenciada Devatā, a Primeira Kālikā. E em seguida, dentro deste local, o adorador deve meditar na Devī Vāgīśvarī (Sarasvatī) na forma do Mūla Devatā (Kālī) e então recitar o mantra “hūṁ phaṭ aos comedores de carne crua, svāhā”, a parte da carne crua (rākṣasas) deve ser posta de lado. Olhando para o fogo, dizendo o astra mantra (phaṭ) e envolvendo-o com s mudrā de ocultamento (avakuṇṭhana) e fazendo o bīja hūṁ.

Mantra (Avalon): śrīmad adyā kālikāyāḥ devatāyāḥ sthaṇḍilāya namaḥ ||

Mantra (Avalon): hūṁ phaṭ kravyādebhyaḥ svāhā ||

Mantra (Bhāratī): hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā || hūṁ phaṭ kravyādebhyaḥ svāhā ||

Trataka mudrā: phaṭ ||

Avakuṇṭhana Mudrā: huṁ ||

6:137-138 – Faça o fogo em néctar com o dhenu mudrā. Tome algum fogo com ambas as mãos e oscile-o três vezes em um circulo sobre o sthaṇḍila da direita para a esquerda. Em seguida, com ambos os joelhos no chão, e meditando no fogo como a semente masculina de Śiva, o adorador deve coloca-lo naquela porção do Yoni Yantra (o triangulo invertido formado pela madeira) o qual é mais próximo dele.

Mostre: Dhenu mudrā

6:139 – Então, o sādhaka deve primeiro adorar a imagem do fogo com o mantra, “hrīṁ, saudação à imagem do fogo. Namaḥ” e depois o espírito do fogo com o mantra, “raṁ, saudação ao espírito do fogo. Namaḥ”.

Mantra: hrīṁ vahnimūrtaye namaḥ ||

Mantra: raṁ vahnicaitanyāya namaḥ ||

6:140-142 – O mantrin deverá pensar em sua mente na forma desperta de Vahni (Fogo) e acender o fogo como o seguinte mantra, “oṁ, espírito do fogo avermelhado, que conhece tudo, destrua, destrua, queime, queime, amadureça, comande, svāhā. Este é o mantra para acender o fogo. Depois disto, mantendo as mãos juntas, o fogo deve ser adorado novamente.

Mantra: oṁ citpiṅgala hana hana daha daha paca paca sarvajñājñāpaya svāhā ||

6:143 – Eu adoro o fogo aceso e iluminado da cor do ouro, livre de impureza, queimando, Jāta Veda, o devorador de oblações, o qual olha para cada quadrante.

Mantra: agniṁ prajvalitaṁ vande jātavedaṁ hutāśanam | suvarṇa varṇaṁ malaṁ samiddhaṁ sarvatomukham ||

6:144-146 – Depois da adoração do fogo desta maneira, cubra o espaço marcado com grama kuśa e então o adorador, dando ao fogo o nome de seu próprio Iṣṭa Devatā, deve adorá-lo com mantra, “oṁ vaiśvānara, jātaveda, venha aqui, venha aqui. Oh, olhos avermelhados, realize todos os trabalhos, svāhā. Desta forma as sete línguas de fogo, Hiraṇya e outros devem ser adoradas.

Mantra (Avalon): oṁ vaiśvānara jātaveda ihāvaha ihāvaha | lohitākṣa, sarvakarmāṇi sādhaya svāhā ||

Mantra (Bhāratī): oṁ vaiśvānara jātaveda ihāvahavaha | lohitākṣa, sarvakarmāṇi sādhaya svāhā ||

Mantra das Sete Línguas de Fogo (Avalon):  oṁ vahniḥ hiraṇyādi saptajihvābhyo namaḥ ||

6:147 – O adorador deve, em seguida, adorar os seis membros de Vahni, proferindo a palavra “de milhares de raios” no dativo singular e também “obediência ao coração”. Em seguida, o sábio deve adorar as formas de Vahni.

Mantra dos 6 Membros de Vahni: oṁ sahasrārciṣe hṛdayāya namaḥ || oṁ svastipūrnāya śirase svāhā || oṁ uttiṣṭapuruṣāya śikhāyai vaṣaṭ || oṁ dhūmavyāpine kavacāya hūṁ || oṁ sapta jihvāya netratrayāya vauṣaṭ || oṁ dhanurdharāya astrāya phaṭ ||

Mantra dos 6 Membros (Bhāratī): oṁ sahasrārciṣe hṛdayāya namaḥ || oṁ vahneḥ ṣaḍaṅgebhyo namaḥ || (a todos os outros aṅgas, ou seja, somente o primeiro e os outros em uma única saudação)

6:148 – As oito formas de Jātaveda e outros devem ser adoradas.

Mantra das 8 formas de Jātaveda: (1) oṁ jātavedāya namaḥ || (2) oṁ saptajihvāya namaḥ || (3) oṁ vaiśvānarāya namaḥ || (4) oṁ havyavāhanāya namaḥ || (5) oṁ aśvodarajāya namaḥ || (6) oṁ kaumāratejāya namaḥ || (7) oṁ viśvamukhāya namaḥ || (8) oṁ devamukhāya namaḥ ||

Mantra das 8 formas (Bhāratī):  oṁ vahnimūrtibhyo namaḥ || (ou seja, a todas as formas de Agni.

6:149 – Em seguida, as oito Śaktis, ou seja, Brāhmī e outras; as oito Nidhis, ou seja, Padma e outras; e os dez dikpālas, ou seja, Indra e outros, devem todos serem adorados.

Mantra das 8 Śaktis (Bhāratī):  oṁ brāhmyādibhyo’ṣaṭaśaktibhyo namaḥ || saudações à Brāhmī e às outras sete śaktis.

Mantra das 8 Niddhis (Bhāratī): oṁ padmāṣaṭanidhibhyo namaḥ || saudações à Padma e às 7 outras Niddhis.

Mantra dos 10 Dikpālas: oṁ laṁ indrāya namaḥ || Leste;  oṁ raṁ agnaye namaḥ || Sudeste; oṁ maṁ yamāya namaḥ || Sul; oṁ kṣaṁ niṛtye namaḥ || Sudoeste; oṁ vaṁ varuṇāya namaḥ || Oeste; oṁ yaṁ vāyuve namaḥ || Noroeste; oṁ śaṁ kuberāya namaḥ || Norte; oṁ īśānāya agnaye namaḥ || Nordeste; oṁ āṁ brahmane namaḥ || No Alto; oṁ hrīṁ anantayāya namaḥ || Em baixo.

6:150-153 – Ele deve meditar em nāḍī īḍā na parte esquerda do ghee (manteiga clarificada), em nāḍī piṅgalā na porção direita e em nāḍī suṣumṇā no centro, e com a mente bem controlada pegar o ghee do seu lado direito e oferece-lo ao olho direito do fogo com o seguinte mantra, “oṁ a Agni, svāhā”. Em seguida, pegando o ghee do seu lado esquerdo, oferecer ao olho de Vahni com o mantra, “oṁ a Soma, svāhā”.

Mantra: oṁ agnaye svāhā || olho direito

Mantra: oṁ somāya svāhā || olho esquerdo

6:154 – Em seguida, tomando o ghee da porção do meio, oferece-lo à testa de Vahni com o mantra, “oṁ a Agni e sua chama, svāhā”.

Mantra: oṁ agnīṣomābhyāṁ svāhā || testa de Agni.

6:155-156 – Com este mantra ele deve fazer oblação à boca de Vahni. Em seguida, proferindo Vyāhṛtis (os nomes dos três mundos, bhūḥ bhuvaḥ e svaḥ, Terra, Espaço entre a Terra e o Paraíso e o Paraíso, respectivamente) com o praṇava no início e svāhā no final, o Homa deve ser realizado.

Mantra: oṁ agnaye sviṣṭi kṛte svāhā || boca de Agni

Mantra: oṁ svaḥ svāhā || oṁ bhūḥ svāhā || oṁ bhuvaḥ svāhā || aos três mundos

6:157 – Então, ele deve fazer oblações com o mantra, “oṁ Oh Vaiśvānara, Jātaveda, venha aqui, venha aqui, Oh Olhos Avermelhados!, cumpra todos os meus trabalhos, svāhā”.

Mantra: oṁ vaiśvānara jātaveda ihāvahavaha lohi tākṣasarva karmāṇi sādhaya svāhā ||

6:158-159 – Em seguida, invocando o Iṣṭa Devatā (Kālī) com o mantra apropriado no fogo, deixe-o adorá-la (Kālī) e aos Pīṭha Devatās. Vinte e cinco (25) āhutis (oblações) devem ser proferidas com o mūla mantra terminando em svāhā. E contemplando a união (ou identidade) de si mesmo com Vahni e Devī, mais onze (11) oblações devem ser oferecidas com o mūla mantra. Oblações devem ser feitas, em seguida, aos Aṅga Devatās.

Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā || svāhā || 25x (+ 11x)

Mantra: oṁ aṅgadevatābhyaḥ svāhā || 6 aṅga devatās

6:160-161 – Em seguida, com uma mistura de ghee, semente tila, mel ou flores e folhas de bael, ou com outros artigos prescritos, a oblação deve ser feita para a realização dos desejos. Esta oblação deve ser feita de acordo com a habilidade de cada pessoa não menos do que oito vezes e com toda atenção e cuidado.

6:162 – Então, recitando o mūla mantra terminando com svāhā, completa oblação (pūrṇāhuti) deve ser feita com frutos e folhas. Em seguida, o adorador, com o saṁhāra mudrā, transferindo a Devī do fogo para o lótus em seu coração, deve dizer, “perdoa-me” e “dispensa-o” “aquele que se alimenta de oblações”.

Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā || svāhā || fazer oblações.

Mostrar: Saṁhāra mudrā

Saṁhāra mudrā: mão esquerda colocada com a palma para baixo, a mão direita é colocada sobre ela, as costas da mão direita tocando as costas da mão esquerda. Os dedos de uma mão são colocados entre os dedos da outra mão. Então as mãos dão uma volta e os dois dedos indicadores são unidos. Ao trazer a Devī para o coração, uma das flores oferecidas deve ser pega com as pontas dos dedos indicadores e levada para perto do nariz e, ao cheirá-la, o adorador deve pensar que a trouxe para o coração.

6:163 – Em seguida, distribuindo presentes (dakṣiṇā), o mantrin deve considerar que o homa foi devidamente realizado.

6:164-165 – Então o excelente adorador deve colocar no seu entrecenho o que sobrou das oblações (marca de cinza). Esta é a prescrição relacionada ao Homa em todas as formas de culto Āgama (tāntrika). Depois de realizar o Homa, o adorador deve proceder para o Japa (parte da mantra sādhanā).


Japa Mantra

6:166-167 – Agora ouça, Oh Rainha dos Devas!, o modo de fazer Japa pelo qual a Vidyā (Devī Ādyā Kālikā) é agradada. Durante o Japa, o Devatā, o Guru e o Mantra devem ser plenamente realizado como um. As letras do mantra são o Devatā, e o Devatā está na forma do Guru. Quem os adora como um e o mesmo, obtém o mais elevado sucesso (siddhi).

6:168 – O adorador deve meditar em seu Guru como estando em sua cabeça, a Devī como estando em seu coração, o mūla mantra na forma de Tejas (luz e energia) em sua língua, e ele mesmo (o devoto) como identificado com a gloria de todos os três.

6:169 – Japa deve ser feito do mūla mantra sete (7) vezes adicionando no início e no fim dele o Tāra bīja (oṁ). Tendo feito isto, japa deve ser feito dele com as mātṛkās (de A a Kṣa no Anuloma e de Kṣa a A no Viloma) colocadas antes e depois dele.

6:170 – O sábio adorador deve fazer japa do māyā bīja (hrīṁ) sobre sua cabeça dez (10) vezes, e do praṇava (oṁ) dez (10) vezes sobre sua boca e do māyā bīja novamente sete (7) vezes sobre o lótus do seu coração e em seguida realizar prāṇāyāma.

Māyā Bīja: hrīṁ

Praṇava Bīja: oṁ

6:171-173 – Então, tomando uma guirlanda de coral, ou outra substância, deixe-o adorar assim, “Oh mālā, Oh mālā, Oh grande mālā, tu és a forma de todas as Śaktis. Tu és o repositório dos quatro tipos de bênçãos. Portanto, seja o doador para mim de todo sucesso. Tendo assim adorado o rosário, e também feito oblação (tarpaṇa) para ele três vezes com vinho retirado do Śrī Pātra, acompanhado do mūla mantra, o adorador deve, com uma mente bem controlada, fazer japa cento e oito (108) vezes.

Mantra (Bhāratī): māle māle mahāmāle sarva śakti svarūpiṇi | catur vargas tvayi nyastas tasmān me siddhidā bhave ||

Mūla mantra: hrīṁ śrīṁ krīṁ parameśvari svāhā || oṁ mahāmāle tarpayāmi namaḥ || 3x

6:174-176 – Então, fazendo prāṇāyāma, ele deve oferecer isto na mão esquerda de lótus da Devī o fruto de seu japa, o qual  é Tejas (o fruto do japa é o próprio tejas) junto com Jala (o vinho misturado com a água) e as flores do Śrī Pātra, e curvando sua cabeça até o chão, diz o seguinte mantra, “Oh Grande Rainha, Tu que proteges o que é mais secreto, dignas-te a aceitar meu japa. Que por tua graça, o sucesso acompanhe meu esforço. Depois disto, deixe-o com as palmas postas recitar o Hino (Ādyā Kālī Svarūpa Stotram) e o Mantra de Proteção (Trailokya Vijaya Kavacam).

Mantra: he devi he maheśvārī guhyāti guhyagoptrī tvaṁ gṛhāṇāsmatkṛtaṁ | siddhi bharvatu me devi svaprasādānmaheśvari || 

 

Vilomārghya

6:177-181 – Então o sādhaka, com a oblação especial (viśeṣārghya) em sua mão, deve circundar a Devī, mantendo-a a sua direita, dizendo o seguinte e dedicando seu eu (ātma-samarpaṇa) para ela por oferecer Vilomārghya (arghya aos pés da Devī), “oṁ seja o que for que eu tenha feito através dos ares vitais, mente ou corpo, seja quando acordado, em sonho ou sono sem sonhos, seja pela mente, palavra ou ação, seja pelas minhas mãos, pés, barriga ou órgão de procriação, tudo o que eu tenho pensado ou dito, que tudo isso seja uma oferenda a Brahman. Eu e tudo o que é meu, deito aos pés de lótus de Ādyā Kālī. Om Tat Sat.” Depois de dizer esta dedicação, ele deve ser feito de si mesmo (ātma-samarpaṇa).

Mantra (Bhāratī): itaḥ pūrvaṁ prāṇa buddhi deha dharmādhikārato | jāgratsvapnasuṣupti avasthāsu manasā vācā karmaṇā hastābhyāṁ padbhyām udareṇa śisnātha yatkṛtaṁ yatsmṛtaṁ yat uktaṁ tatsarvaṁ brahmārpaṇaṁ bhavatu māṁ madīyaṁ sakalaṁ ādyā kālī padāmbhoje arpayāmi || oṁ tat sat ||

Arghya é oferecido na cabeça, mas o vilomārghya é oferecido nos pés da Devī, uma vez que o adorador oferece seu próprio eu como arghya.

 

Visarjanam

6:182-183 – Então, com as mãos postas, deixe-o implorar ao seu Iṣṭa Devatā e recitando o māyā bīja mantra, diga, “Oh Primordial Kālikā!, tenho adorado a ti com todos os meus poderes e devoção” e então diga, “perdoe-me”, deixe ele se despedir da Devī (visarjana). Deixe-o então, com suas mãos postas em Saṁhāra Mudrā (veja explicação anterior), tomar uma flor, cheirá-la, e coloca-la em seu coração.

Prārthanā Mantra: hrīm śrīṁ ādye kālike yatāśakti pūjitā se kṣamasva ||

6:184 – Uma figura triangular deve ser desenhada no Nordeste do quadrante e lá ele deve adorar a Devī Nirmālya Vāsinī com o mantra, “hrīṁ à Devī nirmālya vāsinī namaḥ”.

Mantra: hrīṁ nirmālyavasinyai namaḥ || (é a Devī que recebe as sobras dos oferecimentos feitos ao Devatā.

6:185 – Então, distribuindo naivedya a Brahmā, Viṣṇu e Śiva e a todos os outros Devas, o sādhaka e sua Śakti devem partilhar isto.

6:186-193 – Em seguida, colocando sua Śakti (sua companheira ou a mulher com quem o sādhaka ritualizou) à sua esquerda, em um assento separado, ou no mesmo assento junto com ele, ele deve tomar um agradável copo. O copo deve ser assim formado de modo a não conter mais do que cinco ou menos do que três tolās (cerca de duas onças) de vinho, e pode ser feito quer de ouro ou de prata, ou cristal, ou feito de concha de um coco. Ele deve ser mantido sobre um suporte (tripé) no lado direito do prato contendo o śuddhi pātra. Em seguida, o gentil sādhaka ou os filhos de seu irmão devem servir o sagrado alimento e o vinho entre os adoradores de acordo com a ordem de antiguidade. O vinho purificado deve ser servido em copos de bebida e o alimento purificado em pratos mantidos para esse propósito, e então o alimento e a bebida devem ser partilhados com as presentes pessoas naquele momento. Primeiro de tudo, algum śuddhi deve ser comido para fazer uma fundação (para não beber de estomago vazio). Deixe a assembleia de adoradores então alegremente tomar cada um seu próprio copo preenchido com excelente néctar. Em seguida, deixe que cada um tome seu próprio copo e mediar em Kula Kuṇḍalinī que é Chit (Divina Consciência), e de quem se espalhou do Mūlādhāra Lotus à ponta da língua, e proferindo o mūla mantra, deixe cada um, depois da permissão dos outros, oferecer como oblação na boca de Kuṇḍalī (ou seja, beber o vinho).

6:194-198 – Quando a Śakti é da casa, o cheiro do vinho é o equivalente a bebê-lo. Adoradores que são chefes de família podem beber cinco copos somente. Beber em excesso impede a realização do sucesso pelos adoradores Kula. Eles podem beber até que a visão ou a mente não seja afetada. Beber além disto é bestial. Como é possível para um pecador que se torna um tolo através da bebida e que difama o sādhaka da śakti dizer “Eu adoro a Ādyā Kālikā?” Já que o toque não pode afetar a comida e semelhantes oferecidos a Brahman, assim não há distinção de casta no alimento oferecido a Ti.

6:199-200 – Eu ordenei, então comer e beber deve ser feito. Depois de partilhar do alimento oferecido a Ti, as mãos não devem ser lavadas, mas com um pedaço de tecido ou um pouco de água remova o que grudou nas mãos. Por último, depois de colocar uma flor do Nirmālya em sua cabeça, e usar uma marca de tilaka feito dos restos da oblação no Yantra em seu entrecenho, o inteligente adorador pode vagar pela terra como um Deva.

 

Fim do 6º Capítulo intitulado “Colocação do Śrī Pātra, Homa, Formação do Cakra e outros Ritos.”

 


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