© Todos os Direitos Reservados. Não é permitido compartilhar o conteúdo deste Blog em outros sites. Este Blog está protegido contra cópias de seu conteúdo inteiro ou em partes. Grata pela compreensão.

Capítulo 4 – A adoração de Śakti

 ⏪Capítulo 3_____________________________________________________________________ Capítulo 5 ⏩



महा निर्वाण तन्त्रम्
Mahā Nirvāṇa Tantram


Uma tradução feita por:
Karen de Witt
Uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahādeva
(karen_de_witt@hotmail.com)
A partir de diversos autores.
© Todos os direitos reservados. A tradução não pode ser comercializada sob qualquer meio. Este é um trabalho de seva e está disponibilizado gratuitamente na internet.
Rio de Janeiro
PRIMEIRA TRADUÇÃO: 2009
REVISÃO:2020/2021

__________________________________

Capítulo 4 – A adoração de Śakti

 

4:1 – Tendo ouvido com atenção o que foi dito concernente à adoração do Supremo Brahman, a Suprema Īśvarī, grandemente adorada, assim questiona a Śaṅkara.

Śrī Devī disse:

4:2-7 – Oh Senhor do Universo e meu Senhor!, estou banhada em contentamento no néctar de Tuas palavras relacionadas à excelente adoração de Brahman, o qual leva ao bem estar do mundo e a Brahman, e confere luz, inteligência, força, prosperidade e felicidade. Tu tens dito, Oh Oceano de Misericórdia!, que a união com Brahman é alcançada através da adoração Dele, assim, isso pode ser obtida por meio da sādhanā de Mim. Desejo saber, Oh Senhor!, desta excelente adoração de Mim que Tu tens dito e que é a causa da união do adorador com Brahman. Quais são seus ritos e por quais meios isto pode ser realizado? Qual é o seu Mantra e qual a forma de sua meditação e o modo de adoração? Oh Śambhu!, quem senão Tu, Senhor dentro os Médicos das doenças terrenas, é apto para falar dele, do inicio ao fim, e em todos os seus detalhes agradáveis para Mim e beneficente para toda a humanidade?

4:8 – Ouvindo as palavras da Devī, o Deva dos Devas, marido de Pārvatī, fico agradado e falou para ela assim:

Śrī Sadāśiva disse:

4:9-10 – Ouça, Oh Tu de grande fortuna e destino, as razões pelas quais Tu deves ser adorada, e como deste modo o indivíduo se torna unido com Brahman. Tu és a própria Parā Prakṛtī (Suprema Prakṛtī e Paramātmā são um e mesmo) de Brahman, o Paramātmā, e de Ti tens saltado o Universo inteiro – Oh Śivā, sua Mãe. Oh Graciosa! O que quer que exista neste mundo, de coisas que têm e que não têm movimento, de Mahat a um átomo, deve sua origem e depende de Ti. Tu é as Origem de todas as manifestações. Tu és o local de nascimento até mesmo de Nós. Tu conheces o mundo inteiro, ainda que ninguém te conheça.

4:11-19 – Tu és Kālī, Tārīṇī, Durgā, Ṣoḍaśi, Bhuvaneśvarī, Dhūmāvatī. Tu és Bagalā, Bhairavī e Chinnamastā. Tu és Annapūrṇā, Vāgdevī, Kamalālayā. Tu estás na forma de todas as Śaktis e Tu permeias os corpos de todos os Devas. Tu és tanto sutil (sūkṣma śarīra) quanto grosseira (sthūla śarīra), manifestado e velado, embora sejas em Ti mesma sem forma, ainda assim Tu tens forma. Quem pode entender a Ti? Para ajuda do adorador, o bem do mundo, e a destruição dos Dānavas (classe de asuras), Tu assumes várias formas. Tu és de quatro braços, dois braços, seis braços e oito braços e segura em Tuas mãos vários mísseis e armas para a proteção do Universo. Nos vários Tantras eu falei da sādhanā de diferentes Mantras e Yantras e similares apropriados às respectivas diferentes formas assumidas por Ti, bem como às três diferentes disposições dos homens (paśu, vīra e divya). Nesta Era de Kali, não existe paśu-bhāva: divya-bhāva é difícil alcançar, mas as práticas relacionadas à vīra-sādhanā ainda produz frutos.

4:20-24 – Nesta Era de Kali, Oh Devī!, sucesso é alcançado pela adoração Kaulika apenas, e, portanto, deve ser realizada com muito cuidado. Por ela, Oh Devī!, é adquirido conhecimento de Brahman e o mortal que obtém isto, é garantido, enquanto vive, liberdade de futuros nascimentos e dispensado da realização de todos os ritos religiosos. De acordo com o conhecimento humano, a mesma coisa parece ser pura e impura, mas quando Brahma-jñāna é adquirido, não há nada que seja puro ou impuro. Para aquele que sabe que o Brahman está em todas as coisas e é eterno, o que haverá que possa ser impuro. Tu estás na forma de tudo, e acima de tudo Tu és a Mãe de tudo. Se Tu estiveres satisfeita, Oh Rainha dos Devas!, então todos estão satisfeitos.

4:25-28 – Antes do início das coisas Tu existias na forma de Tamas, o qual está além tanto do discurso quanto da mente, e de Ti, pelo criativo desejo do Supremo Brahman, o Universo inteiro nasceu. Este Universo, de Mahat até os elementos grosseiros (de Mahat Tattva até os Tattvas mais grosseiros), foi criado por Ti, uma vez que Brahman, Causa de todas as causas, é apenas a Causa eficiente. É Puro Ser, Imutável, Onipresente, Pura Consciência desapegada, mesmo que existindo em todas a coisas. Não age e nem desfruta. Nem se move e nem é sem movimento. É verdadeiro Ser e Consciência, sem início ou fim, Inefável e Incompreensível.

4:29-31 – Tu, a Suprema Yoginī, fazes, movido por mero desejo Dele, cria, protege e destrói este mundo com tudo o que se move e que não se move nele. Mahākāla, o Dissolvedor do Universo, é Tua forma. Na Dissolução das coisas, é Kāla quem irá devorar tudo, e por este motivo Ele é chamado Mahākāla, e uma vez que Tu devoraste o próprio Mahākāla, és Tu que és a Suprema Primordial Kālikā.

4:32-35 – Porque Tu devoraste Kāla, Tu és Kālī, porque Tu és a Origem de e devoras todas as coisas, Tu és chamada Ādyā Kālī. Retomando após a dissolução Tua própria natureza, escura e sem forma, inefável e inconcebível Tu sozinha permaneces como Um. Embora possuindo uma forma, ainda assim Tu és sem forma; embora Tu mesma sem um início, multiforme pelo poder de Māyā, Tu és o Início de tudo, Criadora, Protetora e Destruidora que Tu és. Consequentemente, Oh Gentil!, o que eu tenho dito a Ti que todo fruto é alcançado pelo iniciado no Brahma-Mantra, o mesmo pode ser obtido pela sādhanā de Ti.

4:36-39 – De acordo com os diferentes locais, tempo, e capacidade dos adoradores eu tenho, Oh Devī!, falado da sādhanā adequada ao modo de vida governando-os e suas disposições. Onde os homens realizam essa adoração, da qual eles são competentes para realizar, lá eles participam dos frutos da adoração, e sendo libertados dos pecados, cruzarão o Oceano da Existência. Por mérito adquirido em muitos nascimentos prévios, a mente se inclina para a doutrina Kaula, e ele, cuja alma é purificada por tal adoração, torna-se Śiva. Onde há abundância de prazer, de que serve falar do Yoga, e onde há Yoga não há prazer, mas o Kaula desfruta de ambos.

4:40-42 – Se alguém honra senão uma pessoa versada no conhecimento da essência da doutrina Kula, então todos os Devas e Devīs são adorados – não há dúvida quanto a isso. O mérito obtido por honrar um Kaulika é dez milhões de vezes aquele que é adquirido por doar todo o seu ouro.  Um Caṇḍāla versado no conhecimento da doutrina Kaulika excede um Brāhmaṇa, e um Brāhmaṇa que está sem esse conhecimento é inferior a um Caṇḍāla.

4:443-45 – Eu não conheço nenhuma Dharma superior aquele dos Kaulas, pela adesão do qual o homem alcança a Divina Experiência. Estou Te falando a verdade, Oh Devī! Coloque isso no coração e pondere sobre isso. Não existe doutrina superior à doutrina Kaulika, a mais excelente de todas. Este é o mais excelente caminho mantido oculto pela da razão da multidão de Paśus, mas quando a Era de Kali avançar, esse caminho será revelado.

4:46-48 – Verdadeiramente e verdadeiramente eu digo a Você que quando a Era de Kali alcançar a plenitude de sua força não haverá Paśus e todos os homens sobre a terra serão seguidores da doutrina Kaulika. Oh Bela! Saiba que quando as iniciações Vedicas e Purāṇicas terminarem, então a Era de Kali tem se tornado forte. Oh Śivā! Oh Pacífica! Quando a virtude e o vício não forem mais julgados pelas regras Vedicas, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte.

4:49-55 – O Soberana Ministra da doutrina Kaula! Quando o Córrego Celestial estiver quebrado em alguns lugares, e em outros desviado de seu curso, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Oh Sábia! Quando os reis da raça Mlechchha (estrangeiros, povo não ariano) se tornarem excessivamente cobiçosos, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Quando as mulheres se tornarem difícil de controlar, duras de coração e briguentas, e depreciadoras de seus maridos, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Quando os homens se tornarem sujeitos às mulheres e escravos da luxúria, opressores de seus amigos e Gurus, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Quando a fertilidade da terra tiver desaparecido e os campos produzirem uma pobre colheita, quando as nuvens produzirem uma chuva fraca e as árvores produzirem frutos magros, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Quando irmãos, parentes e companheiros, impelidos pelo desejo de uma ninharia, brigarem uns com os outros, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte. Até mesmo quando a partilha aberta de carne e licor passar sem condenação e punição, mas o consumo de bebida secreta ainda prevalecer, então, saiba que a Era de Kali tem se tornado forte.

4:56-60 – Assim como no Satya, Tretā e Dvāpara Eras, o vinho e semelhantes podiam ser tomados abertamente, assim eles podem tomar na Era de Kali de acordo com o Dharma Kaulika. A Era de Kali não pode ferir aqueles que são purificados pela verdade, que têm conquistados suas paixões e sentidos, que são abertos em seus caminhos, sem engano, que são compassivos e seguidores da doutrina Kaula. A Era de Kali não pode ferir aqueles que são devotados ao serviço de seus Gurus, aos pés de lótus de suas mães, e para suas esposas. A Era de Kali não pode ferir aqueles que são jurados e fundamentados na Verdade, aderentes ao verdadeiro Dharma, e fervorosos na realização dos ritos e deveres Kaulikas.

4:61-64 – A Era de Kali não pode ferir aqueles que são livres de malícia, inveja, hipocrisia e ódio, e que são firmes na fé do Dharma Kaulika. A Era de Kali não pode ferir aqueles que se mantém na companhia dos Kaulikas, ou que vivem com devotos Kaulikas, ou que servem aos Kaulikas. A Era de Kali não pode ferir aqueles Kaulikas que, o que quer que possam parecer externamente, ainda permanecem firmes em suas aderências ao Kaula Ācāra, a adoram a Ti de acordo com sua doutrina. A Era de Kali não pode ferir aqueles que realizam suas abluções, caridades, penitencias, peregrinações, devoções e oferecimentos de água de acordo com as regras Kulācāra.

4:65-66 – A Era de Kali não pode ferir aqueles que realizam as dez cerimonias purificatórias, tais como as Garbhādhāna (Capítulo 9:107), Śrāddha (cerimônia fúnebre dos pais) e outros ritos de acordo com o ritual Kaulika. A Era de Kali não pode ferir aqueles que respeitam o Kula-tattva, Kula-dravya e Kula-yogī.

4:67-71 – A Era de Kali é apenas escrava daqueles que são livres de todas as desonestidades e falsidades, homens de candura, devotados ao bem dos outros, que seguem o caminho Kaulika. Apesar de suas muitas manchas, a Era de Kali possui um grande mérito que vem da mera resolução (saṅkalpa) de um Kaulika que, se sincero, o resultado desejado acontece. Nas outras Eras, Oh Devī!, o esforço de vontade produziu ambos, mérito e demérito, mas na Era de Kali os homens por intenção adquirem somente mérito e não demérito. Os escravos da Era de Kali, por outro lado, são aqueles que não conhecem o Kulācāra, e que são sempre mentirosos e os perseguidores dos outros. Também são os escravos da Era de Kali aqueles que não têm fé no Kulācāra, que cobiçam a esposa dos outros e oprimem os seguidores fiéis da doutrina Kaulika.

4:72-76 – Em falar dos costumes das diferentes Eras, Eu tenho, Oh Gentil! Oh Pārvatī!, brevemente recontado para agradar a Ti, dos sinais do domínio da Era de Kali. Quando a Era de Kali é manifestada, todo o Dharma se torna debilitado e a Verdade sozinha permanece; portanto deve ser verdadeiro. Oh Virtuosa! Tu sabes disto certamente, que tudo o que homem faz com a Verdade dá frutos. Não existe Dharma mais elevado do que a Verdade, não existe pecado maior do que a mentira; portanto, o homem deve buscar proteção sob a Verdade com toda a sua alma. Adorar sem Verdade é inútil, e assim também sem Verdade é o Japa de Mantras e a realização de Tapas. É, em tais caos, apenas como se tivéssemos semeado sementes em terra salgada.

4:77-80 – A Verdade é a aparência do Supremo Brahman; a Verdade é o mais excelente de todos os Tapas; cada ação está enraizada na Verdade. Não há nada mais excelente do que a Verdade. Portanto, foi dito por Mim que quando a Era de Kali estiver dominante, o caminho Kaula deve ser praticado verdadeiramente e sem ocultação (ou seja, abertamente a todos). A verdade é divorciada do ocultamento. Não há ocultamento sem mentira. Portanto, é por isso que o Kaulika Sādhaka deve realizar sua Sādhanā Kaulika abertamente. O que eu tenho dito em outros Tantras Kaulikas sobre o ocultamente do Dharma Kaulika não sendo culpado não é aplicável quando a Era de Kali se tornar forte.

4:81-83 – Na (primeira) Era Satya, Oh Devī! A Virtude (Dharma) possuia quatro quadrantes de seu todo (quatro pādas); na Era Tretā ela perdeu um quadrante de sua Virtude (perdeu um pāda); na Era Dvāpara havia somente dois quadrantes (perdeu 2 pādas) e na Era Kali existe somente um (perdeu 3 pādas). Apesar disso, a Verdade permanecerá forte, embora Tapas (austeridades) e Caridade se tornem fracas. Se o quadrante (que restou) que é a Verdade desaparece, a Verdade também desaparece. Portanto, de todas as ações, a Verdade deve ser o suporte permanente. Oh Soberana Ministra do Kaula-Dharma! Uma vez que os homens podem, nesta Era, recorrer somente ao Dharma Kaulika, se esta doutrina for infectada pela mentira, como pode haver Liberação?

4:84-86 – Com sua alma purificada em cada forma pela Verdade, o homem deve, realizar todos as ações prescritas para sua casta e estágio (āśrama) de vida da maneira mostrada por Mim. Iniciação, adoração (pūjā), recitação de Mantras (japa), oferecimento de oblações no fogo com ghee (homa), repetição de Mantras (puraścaraṇa), devoções ocasionais (vrata), casamento (udvāha, Cp.9), cerimonia da concepção (pungsavana) e aquela realizada no 4º, 6º ou 8º mês da gravidez (sīmantonnayana), o rito natal (jāta-karma), o rito do nome (nāmā-karaṇa), a cerimonia do corte de cabelo (cūdā-karaṇa), os ritos obsequiais na cremação (mṛta-kṛtya, ou mṛta-kriyā) e depois a morte (śrāddha) – todos estas cerimônias devem ser realizadas da forma aprovada pelos Āgamas.

4:87-90 – O ritual que eu tenho ordenado deve ser seguido também, quanto a Śrāddha nos locais sagrados (Gayā, Prayāga), dedicação de um touro, festival de outono (Śāradotsava e Vāsantī, Durgā Pūjā), ao sair para uma viagem (yātrā), na primeira entrada em uma casa para morar lá (gṛha praveśa), no uso de novas roupas ou joias, dedicação de tanques, poços e lagos (Cp.8:166), nas cerimônias realizadas nas fases da Lua (tithī-karma), na construção (gṛihārambha) e consagração (pratiṣṭhā) de casas, na instalação de Devas (divākṛtya, niśikṛtya e parvakṛtya) e em todas as observâncias a ser realizadas durante o dia (divākṛtya) ou à noite (niśikṛtya) ou em ocasiões especiais (parvakṛtya ) em cada mês, estação ou ano, e em observação ambos diários ou ocasionalmente, e também ao decidir o que deve e o que não deve ser feito, e na determinação do que deve ser rejeitado e o que deve ser adotado.

4:91 – Não se deve praticar o ritual ordenado quer por ignorância, maldade ou perda de fé, pois a pessoa ser torna desqualificada para todas as observâncias e se torna um verme no esterco.

4:92-100 – Oh Maheśī! Se, quando a Era de Kali se tornar muito poderosa, qualquer ação que seja feita em violação aos Meus preceitos, então o que quer que aconteça é muito contrario do que é desejado. Iniciação do qual eu não tenho aprovado destrói a vida do Sādhaka e um ato de adoração não aprovado é tão infrutífero como oblações derramadas em cinzas, e o Deva que ele adora se torna raivoso e hostil e em cada passo ele encontra perigo. Ambikā! Quem, durante o domínio da Era de Kali, conhecendo minhas ordenanças, ainda realiza suas observâncias religiosas em outras formas, é um grande pecador. O homem que realiza qualquer Vrata (devoção ocasional) ou se casa de acordo com outros meios, permanecerá em um terrível Inferno tanto quanto durar o Sol e a Lua. Por sua realização de Vrata ele incorre no pecado de matar um Brāhmaṇa, e semelhantemente um garoto investido com o cordão sagrado se torna degradado. Ele meramente usa o cordão e é mais inferior do que um Caṇḍāla, e assim também a mulher que é casada de acordo com outros meios diferentes dos Meus é para ser desprezada e, Oh Soberana Ministra dos Kaulas!, o homem que assim casa é seu associado em erro e é, dia após dia, culpado do pecado de ir com uma prostituta (maithuna comprado por um preço é altamente condenado). Dele o Devatā não aceita comida, água e outros oferecimentos, em os Pitṛs comerão seus oferecimentos, considerando-os como se fossem meramente esterco e pus. Suas crianças são bastardas e desqualificadas para todos os religiosos, ancestrais, e observâncias e ritos Kaulikas. Para uma imagem dedicada por outros ritos diferentes daqueles prescritos por Śambhu, o Deva nunca vem. Benefício nenhum haverá nem neste e nem no outro mundo. Haverá senão mero gasto de trabalho e dinheiro.

4:101 – Um ritual Śrāddha realizado de acordo com ritos diferentes daqueles prescritos pelos Āgamas é infrutífero, e quem o realiza irá para o inferno junto com seus Pitṛs (ancestrais). A água oferecida por ele é como sangue, e o piṇḍa (bolos específicos feitos para o Śrāddha) funeral é como esterco. Deixe o mortal então seguir com grande cuidado os preceitos de Śaṅkara. Qual a necessidade de se dizer mais? Verdadeiramente e verdadeiramente eu digo a Você, Oh Devī! Que tudo o que é feito em desconsideração aos preceitos de Śambhu é infrutífero. Para quem não segue Seus preceitos não haverá futuro mérito. O que já tiver sido adquirido é destruído, e para ele não haverá escapatória do inferno. Oh Grande Governante! A realização dos deveres diários e ocasionais da maneira falada por Mim é o mesmo como adorar a Ti. Ouça de Mim, Oh Devī!, as particularidades da adoração com seus Mantras e Yantras, o qual é a medicina para os males do Kali Yuga.

 

Fim do 4º Capítulo intitulado “Introdução da Adoração da Suprema Prakṛti”.

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário