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Capítulo 3 – A adoração de Brahman (Continuação)

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महा निर्वाण तन्त्रम्
Mahā Nirvāṇa Tantram


Uma tradução feita por:
Karen de Witt
Uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahādeva
(karen_de_witt@hotmail.com)
A partir de diversos autores.
© Todos os direitos reservados. A tradução não pode ser comercializada sob qualquer meio. Este é um trabalho de seva e está disponibilizado gratuitamente na internet.
Rio de Janeiro
PRIMEIRA TRADUÇÃO: 2009
REVISÃO:2020/2021

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Capítulo 3 – A adoração de Brahman

 

Śrī Devī disse:

3:1-4 – Oh Deva dos Devas, grande Deva, Guru de Bṛhaspati, tu tens revelado todas as Escrituras, mantras e sādhanā disso. Tu tens também falado do Supremo Brahman que é mais elevado dos mais elevados e o Supremo Senhor pela adoração de Quem mortais alcançam tanto Felicidade quanto Liberação. Oh Senhor!, como devemos agradar aquele Supremo Espírito, como, Oh Deva!, podemos realizá-lO? Qual é o dhyāna e as observâncias relacionadas ao Supremo Senhor do Supremo Eu? É o meu desejo, Oh Senhor!, ouvir a verdade de tudo isto de Ti. Fale, Oh Senhor, em tua misericórdia.

Śrī Sadāśiva disse:

3:5-10 – Ouça então, Oh Amada da Minha Vida!, a verdade mais secreta e suprema, o mistério do qual, Oh Propícia, ainda não foi revelada em parte alguma. Por causa de minha afeição por ti eu falarei a ti daquele Supremo Brahma, que é Consciência na forma do universo e que é mais querido para mim do que a própria vida. Oh Maheśvarī!, o eterno imutável, Brahman consciente que permeia o mundo pode ser conhecido em seu Eu real (tatsvarūpa) ou por Seus sinais externos (lakṣaṇa). Aquele que é sem diferença (nirviśeṣa), puro ser (sattāmātra) e além tanto da mente quanto do discurso (avāngmanasagocara), que realmente está nos três mundos de aparência (asattrilokīsadbhānam), é o Brahman de acordo com Sua natureza real. Aquele Brahman é conhecido em êxtase (samadhiyoga) por aqueles que consideram todas as coisas iguais, que estão acima de todos os contrários, desprovidos de todos os pensamentos errantes, livres de toda ignorância relacionado ao corpo e ao eu. Aquele mesmo Brahman é conhecido de Seus sinais externos, de Quem o universo inteiro tem surgido, em Quem quando assim surgido, existe, e em Quem todas as coisas retornam. Aquele que é conhecido pela experiencia do yoga pode também ser percebido a partir desses sinais externos. Para aqueles que querem conhecê-lO através desses sinais externos, para estes a sādhanā é prescrita.

3:11 – Atenda-me, tu, Oh Minha Querida!, enquanto eu falo para ti de tal sādhanā. E primeiramente, Oh Ādyā! Eu falarei a ti do Mantroddhāra do Supremo Brahman.

3:12 – Proferindo primeiro o praṇava (oṁ) e em seguida as palavras “sendo” e “consciência”, e depois as palavras “um” diga “Brahman”. O mantra, oṁ saccit ekam brahma.

Mantra: oṁ saccidekam brahma

3:13-17 – Este é o mantra. Essas palavras, quando combinadas de acordo com as regras de sandhi, formam um mantra de sete letras. Se o praṇava for omitido, ele se torna um mantra de seis sílabas somente. Este é o mais excelente de todos os mantras e o único que concede imediatamente Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa. No uso deste Mantra não há necessidade de considerar quer sua eficácia (siddha) ou se é um mantra amigo (mitra) ou inimigo (ari). Nem na iniciação neste mantra é necessário fazer cálculos como as fases da Lua, as conjunções propícias dos nakṣatras (constelações de estrelas) ou os signos do zodíaco. Nem existem regras sobre se o mantra é adequado ou não. Nem existem necessidade de Saṁskāras (os 10 ritos que dão nascimento ao mantra). Este Mantra é eficaz em todos os sentidos na iniciação. Não há necessidade de considerar qualquer coisa. Se alguém tivesse obtido, através do mérito adquirido em nascimentos anteriores, um guru excelente, de cujos lábios este mantra foi recebido, então a vida de fato se torna frutífera, e o adorador, recebendo em suas mãos Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa, alegra-se tanto neste mundo quanto no próximo.

3:18-22 – Aquele cujos ouvidos esta grande joia do Mantra alcança é, de fato, abençoado, pois ele alcançou o fim desejado, sendo virtuoso e piedoso, e é como um que se banhou em todos os locais sagrados, sendo iniciado em todos os Yajñas (sacrifícios e adorações no fogo), versado em todas as Escrituras e honrado em todos os mundos. Feliz é o pai e feliz é a mãe de tal pessoa – sim, e ainda mais do que isso, sua família é santificada e os espíritos alegres dos Pitṛs (seus antepassados) regozijam com os Devas, e no excesso de suas alegrias cantam: “em nossa família nasceu o mais excelente de nossa raça, um iniciado no Mantra de Brahman. Que necessidade tempos agora de Piṇḍa (alimento oferecido aos antepassados) oferecido em Gayā (local de peregrinação), ou de Śrāddha (cerimônias realizadas após a morte), Tarpaṇa (oferecimento de água com sementes de gergelim), peregrinações a lugares sagrados; de que serventia são as esmolas, japa (recitação de mantras), homa (sacrifício de fogo) ou a multiplicidade de sādhanā (rituais e práticas em geral) uma vez que agora obtivemos a satisfação pela sādhanā deste bom filho?”

Śrāddha para Brāhmaṇes é realizado no 11º dia; para Kṣatriyas, no 13º dia; para Vaiśyas, no 16º; e para Śūdras, no 31º dia após suas mortes e repetido anualmente.

3:23-31 – Ouça, Oh Devī! Adorada do mundo, enquanto eu te digo a própria verdade, que para os adoradores do Supremo Brahman não há necessidade de outras observâncias religiosas. No exato momento da iniciação neste Mantra, o discípulo é Brahman, e por tal, Oh Devī!, o que há para alcançar nos três mundos? Contra ele, o que pode adversos planetas ou Vetālas, Ceṭakas, Piśācas, Guhyakas, Bhūtas, Mātṛkās, Dākinīs e outros espíritos acessíveis. A simples visão dele os farão fugir com rostos desviados. Guardado pelo Mantra de Brahman, vestido com o esplendor de Brahman, ele é como se fosse outro Sol. O que ele deveria temer, então, de qualquer planeta? Eles fogem, assustados como elefantes à visão de um leão, e perecem como mariposas na chama. Nenhum pecado pode o tocar, e ninguém, exceto alguém tão perverso quanto um suicida, pode prejudicar aquele que é purificado pela verdade, de mente pura um benfeitor de todos os seres, um fiel crente em Brahman. O perverso e pecaminoso que procura prejudicar quem é iniciado no conhecimento do Supremo Brahman faz senão ferir a si mesmo, pois eles não são, de fato, inseparáveis do Eterno? Pois ele é o santo sábio e benquerente, trabalhando para a felicidade de tudo e, Oh Devī!, seria possível prejudicar alguém que pode ir em paz? Para ele, contudo, que não tem conhecimento do significado de, nem do despertar do Mantra, é infrutífero, mesmo que fosse proferido interiormente dez milhões de vezes.

Existem dois tipos de Mātṛkās, as benéficas, que são as 8 Śaktis de Brahmāṇī a Yamī, e as Dākinī Mātṛkās, de aspecto terrível e disposição destrutiva.

3:32 – Ouça, então, Oh Minha Amada!, enquanto eu te falo do significado e do despertar do Mantra. A letra “A” significa o Protetor do Mundo (Viṣṇu); a letra “U” indica aquele que o dissolve (Śiva); e a letra “M” significa o Criador (Brahmā).

3:33-35 – O significado de Sat é Eterno e Imutável; de Chit é Consciência; e de Ekam é Um sem um segundo. Brahman é assim chamado porque Ele está em toda parte. Agora, Oh Devī!, eu tenho dado a você o significado do Mantra, o qual concede a realização dos desejos. O despertar do Mantra é o conhecimento dele, que é o Devatā permeando o Mantra e tal conhecimento, Oh Suprema Senhora!, assegura o fruto da adoração para o adorador.

3:36-39 – Oh Devī!, o Devatā presidente do Mantra é o onipresente, eterno, inescrutável, sem forma, imaculado e inefável Brahman. Quando introduzido pelo bīja de Sarasvatī (aiṁ), de Māyā (hrīṁ) ou de Kamalā (śrīṁ), ao invés do mantra “oṁ”, ele concede vários tipos de aprendizado (aiṁ) ou siddhi em Māyā (hrīṁ) ou prosperidade em todos os quadrantes (śrīṁ). O Mantra pode ser vaiado quer por prefixar ou omissão do “oṁ”, ou pela colocação dele antes de cada palavra ou a cada duas palavras do mantra. Sadāśiva é o Ṛṣi deste mantra. O verso (chandas) é chamado Anuṣṭup e seu Devatā presidente é o Supremo Brahman, que é sem atributo e que mora em todas as coisas. É para benefício da realização de Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa.

3:40-42 – Agora ouça, Querida, enquanto eu falo do Karanyāsa e do Aṅganyāsa. Oh grande Rainha e adorada dos Devas, o sādhaka deve, com grande cuidado e observância das injunções concernentes ao nyāsa, colocar as palavras om, sat, cit, ekam, brahma, em seu polegar, no dedo indicador, médio, anelar e mínimos, respectivamente, seguido, respectivamente, pelas palavras namaḥ, svāhā, vaṣaṭ, huṁ e vauṣaṭ; e ele deve, em seguida, dizer oṁ saccidekam brahma sobre a palma e as costas das mãos, seguido do mantra phaṭ.

Mantra: oṁ saccidekam brahma

Karaṇa Nyāsa

oṁ aṅguṣṭhābhyāṁ namaḥ ||
sat tarjanībhyāṁ svāhā ||
cit madhyamābhyāṁ vaṣaṭ ||
ekam anāmikābhyāṁ hūṁ ||
brahma kaniṣṭhikābhyāṁ vauṣaṭ ||
oṁ saccidekam brahma karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ phaṭ ||

3:43 – O sādhaka deve, da mesma maneira, realizar aṅganyāsa começando com o coração e terminando com as mãos.

Ṣaḍaṅga Nyāsa

oṁ hṛdayāya namaḥ || coração
sat śirase svāhā || cabeça
cit śikhāyai vaṣaṭ || atrás da cabeça
ekam kavacāya huṁ || braços cruzados
brahma netratrayāya vauṣaṭ || três olhos
oṁ saccidekam brahma astrāya phaṭ || palmas das mãos

3:44-48 – Depois disto, enquanto recita o mantra oṁ ou o mūla mantra (oṁ saccidekam brahma), prāṇāyāma deve ser realizado assim. Ele deve fechar a narina esquerda com o dedo médio e o anelar e então inalar (pūraka) através da narina direita enquanto faz japa do praṇava mantra (oṁ) ou do mūla mantra 8 (oito) vezes. Então, fechando a narina direita com o polegar e fechando também a boca (ou seja, fazer kumbhaka retendo o ar), deve fazer japa do mantra 32 (trinta e duas) vezes. Em seguida, exalando (recaka) o ar pela narina direita, ele deve fazer japa do mantra 16 (dezesseis) vezes.

3:49 – O sādhaka, então, deve meditar no Supremo Brahman para a realização de seus desejos, como se segue:

3:50 – Dhyānam – No lótus do meu coração eu contemplo a Divina Consciência (Caitanya), Brahman sem distinções, em quem estão todos os poderes, conhecido por Hari, Hara e Vidhi (Viṣṇu, Śiva e Brahmā), quem yogīs se aproximam em meditação, aquele que destrói o medo do nascimento e da morte, quem sempre é Consciência, a raiz de todos os três mundos.

Dhyānam

hṛdayakamalamadhye nirvviśeṣaṁ nirīhaṁ |
hariharavidhivedyaṁ yogibhirdhyānagamyam ||
jananamaraṇabhītbhraṁśi saccitsvarūpaṁ |
sakalabhuvanabījaṁ brahma caitanyamīḍe ||

3:51-52 – Tendo assim contemplado o Supremo Brahman, o sādhaka deve, com um espírito devotado, com o objetivo de alcançar a união com Brahman, adorar com oferecimentos de sua mente (manas pūjā). Por perfume, deixe-o ofercer ao Supremo Espírito a essência da terra (pṛthvī); por flores, o éter (ākāśa); por incenso, a essência do ar (vāyu); por luz, a essência do fogo (agni); e por alimento, a essência da água (jala).


Mānaspūjā a ser feita utilizando as mãos apropriadamente enquanto visualiza os artigos sendo oferecidos:

kaniṣṭhikābhyāṁ | laṁ pṛthivyātmane namaḥ | gandhaṁ samarpayāmi | polegar toca a raiz do mínimo
aṅguṣṭhābhyāṁ | haṁ ākāśātmane namaḥ | puṣpaṁ samarpayāmi | indicador toca a raiz do polegar
tarjanībhyāṁ | yaṁ vāyvātmane namaḥ | dhūpaṁ aghrāpayāmi | polegar toca a raiz do indicador
madhyamābhyāṁ | raṁ agnyātmane namaḥ | dīpaṁ darśayāmi | polegar toca a raiz do médio
anāmikābhyāṁ | vaṁ amṛtātmane namaḥ | naivedyaṁ samarpayāmi | polegar toca a raiz do anelar
karatala kara pṛṣṭhābhyāṁ | saṁ sarvātmane namaḥ | sarvopacāran samarpayāmi | todos os dedos

3:53 – Depois, mentalmente repetindo o grande mantra (oṁ saccidekam brahma), e oferecendo o fruto dele ao Supremo Brahman, o excelente discípulo deve começar a adoração externa (pūjā externa).

3:54-55 – Meditando com os olhos fechados no Eterno Brahman, o adorador deve, com reverência, oferecer ao Supremo o que quer que tenha em mãos, tal como perfumes, flores, roupas, joias, alimento e bebida, depois de ter purificado os artigos com o seguinte:

3:56 – Mantra – O vaso de oferecimento é Brahman e assim é a oferta nele. É oferecido por Brahman no Fogo o qual é Brahman. Ele, cuja mente está fixada em Brahman, alcançará Brahman pela realização dos ritos que são Brahman.

Mantra

brahmārpaṇaṁ brahmahavirbrahmāgnau brahmaṇā hutaṁ |
brahmaiva tena gantavyaṁ brahmakarmmasamādhinā ||

3:57-58 – Então, abrindo os olhos, e interiormente e com todo o seu poder fazendo japa com o mūla mantra (oṁ saccidekam brahma), o adorador deve oferecer o japa a Brahman e, em seguida, recitar o hino que segue o e o kavaca mantra. Ouça, Oh Maheśvarī!, o hino a Brahman, o Supremo Espírito, que por ouvir o discípulo alcança a união com Brahman.

3:59-64 – Stotra – Om, eu me curvo a Ti, o eterno Refúgio de tudo. Eu me curvo a Ti, a pura Consciência que és na forma do universo. Eu me curvo a Ti que és Um sem distinção e que concede a Liberação. Eu me curvo a Ti, o Brahman cuja natureza é para se propagar como o universo (mas que és Tu mesmo) além de todos os Guṇas (59). Tu é o único Refúgio e Objeto de adoração. Tu sozinho és o Criador, Preservador e Destruidor do mundo. Tu és o único imutável Supremo, que és Consciência imutável (60). Pavor do terrível, Terror do terrível. Refúgio de todos os seres, Purificador de todos os purificadores. Tu sozinho governas do mais elevado local, Supremo sobre o supremo, Protetor dos protetores (61). O Supremo Senhor que se manifesta como Forma de tudo, ainda sendo o Não manifestado. Que estás em todos os lugares, que és Imperceptível pelos sentidos, ainda que sendo a própria Verdade. Incompreensível, Imperecível, que tudo permeia, oculto e sem forma. Senhor e Luz do Universo! Salve-nos do mal (62).  Naquele nós meditamos, Aquele que é o único objeto de nosso japa. Para aquele único, a Testemunha do Universo, nós nos curvamos. Refúgio que buscamos Naquele que é nosso único Suporte Eterno, o Próprio Senhor, o Vaso de proteção no Oceano da existência (63). Este é o Hino de Cinco Joias para Brahman, o Espírito Supremo. Aquele que é puro de mente e de corpo e que recita esse hino é unido com Brahman (64).

Stotram:

oṁ namaste sate sarvalokāśrayāya namaste cite viśvarūpātmakāya | namo’dvaitatattvāya muktipradāya namo brahmaṇe vyāpine nirguṇāya || 59 tvamekaṁ śaraṇyaṁ tvamekaṁ vareṇyaṁ tvamekaṁ jagatkāraṇaṁ viśvarūpam | tvamekaṁ jagatkartṛpātṛprahartṛ tvamekaṁ paraṁ niścalaṁ nirvikalpam || 60 bhayānāṁ bhayaṁ bhīṣaṇaṁ bhīṣaṇānāṁ gatiḥ prāṇināṁ pāvanaṁ pāvanānāṁ | mahoccaiḥ padānāṁ niyantṛtvamekaṁ pareṣāṁ paraṁ rakṣakaṁ rakṣkāṇāṁ || 61 pareśa prabho sarvarūpāprakāśinnanidaśya sarvendriyāgamya satya acintyākṣara vyāpakāvyaktatva jagadbhāsakādhīśa pāyādapāyāt || 62 tadekaṁ smarāmstadekaṁ japāmastadekaṁ jagatsākṣirūpaṁ namāmaḥ sadekaṁ nidhānaṁ nirālambamīśaṁ bhavāmbhodhipotaṁ śaraṇyaṁ vrajāmaḥ || 63 pañcaratnamidaṁ stotraṁ brahmaṇaḥ paramātmanaḥ | yaḥ paṭhetprayato bhūtvā brahmasāyujyamāpnuyāt || 64

3:65 – Deve-se recitar diariamente ao entardecer e particularmente no dia da Lua (segunda-feira). O homem sábio deve ler e explicar isso para os seus parentes que acreditam em Brahman.

Jaganmaṅgala Kavacam

3:66 – Eu falei para você, Oh Devī!, do hino enfeitado com joias do Grande Senhor, Oh Graciosa!, ouça agora o Kavaca chamado Jagan Maṅgala que, pelo uso e recitação, a pessoa se torna conhecedor de Brahman.

3:67-68 – Possa o Espírito Supremo proteger minha cabeça. Possa o Senhor Supremo proteger meu coração. Possa o Protetor do mundo proteger minha garganta. Possa o Senhor que tudo permeia, que tudo vê, proteger meu rosto (67). Possa o Espírito do Universo proteger minhas mãos. Possa Ele que é a própria Consciência, proteger meus pés. Possa o Eterno e Supremo Brahman proteger meu corpo em todas as partes sempre (68).

Jaganmaṅgala Kavacam (após o ṛṣi nyāsa)

paramātmā śiraḥ pātu hṛdayaṁ parameśvaraḥ |
kaṇthaṁ pātu jagatpātā vadanaṁ sarvadṛgvibhuḥ || 67
karau me pātu viśvātmā pādau rakṣatu cinmayaḥ |
sarvvāṅgaṁ sarvadā pātu paraṁ brahma sanātanam || 68

3:69-71 – O Ṛṣi deste amuleto mundialmente benéfico é Sadāśiva; a métrica é Anuṣṭup; seu Devatā presidente é o Supremo Brahman; e o objetivo de seu uso é para a realização de Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa. Quem recita este mantra de proteção de Brahman (o kavacam) depois de fazer Ṛṣi Nyāsa, alcança o conhecimento de Brahman e é um diretamente com o Brahman. Se escrito em casca de bétula e colocado em uma bola dourada (kavacam), e usado em torno do pescoço ou no braço direito, quem usar alcança todos os tipos de poderes (siddhis).

Ṛṣi Nyāsa

asya śrī jaganmaṅgala nāmaka kavacasya | sadāśivaṛṣiḥ | anuṣṭup chandaḥ | parambrahma devatā | dharmārthakāmamokṣāvaptaye śrījaganmaṅgalākhyakavacapāṭhe vinyogaḥ | śirase sadāśivāya ṛṣaye namaḥ | mukhe anuṣṭup chandase namaḥ | hṛdi parambrahmaṇe devatāyai namaḥ | dharmārthakāmamokṣāvaptaye śrījaganmaṅgalākhyakavacapāṭhe vinyogaḥ ||

Praṇāma

3:72-73 – Eu revelei a Ti o Kavaca do Supremo Brahman. Ele dá ao discípulo que é digno de favor, que é tanto devotado ao guru e possuído de entendimento. O excelente sādhaka deve, depois de recitar o Hino e o Kavaca com reverencia, curvar-se ao Supremo com a saudação:

3:74 – Praṇāma – Oṁ, eu me curvo ao Supremo Brahman. Eu me curvo ao Supremo Espírito. Eu me curvo a Ele que está além de todos os atributos. Eu me curvo ao Ser eterno repetidas vezes.

Praṇāma

oṁ namaste paraṁ brama namaste paramātmane | nirguṇāya namas tubhyaṁ sadrūpāya namo namaḥ ||

3:75-77 – Obediência ao Supremo Senhor pode ser pelo corpo ou pela mente ou pela palavra como o sādhaka deseja; mas uma coisa necessária é a pureza de disposição. Depois da adoração na forma que eu falei, o sábio deve, com seus amigos e parentes, partilhar do sagrado alimento (mahā prasāda, os oferecimentos) consagrado a Brahman, o Espírito Supremo. Na adoração do Senhor Supremo não há necessidade de invoca-Lo para estar presente ou desejar que ele sai (como feito na adoração de qualquer outro Devatā). Pode-se fazer sempre e todos os lugares.

3:78-82 – Não importa se o adorador tenha ou não se banhado, esteja ou não em jejum. Mas o Supremo Espirito deve ser adorado com um coração puro. Depois da purificação pelo Mantra de Brahman, qualquer alimento ou bebida que for oferecido ao Supremo Senhor se torna purificado. O toque das castas inferiores pode poluir as águas do Gaṅgā e o Śālagrāma e outras imagens e emblemas, mas nada que tenha sido consagrado a Brahman pode ser poluído. Depois de ter dedicado isto a Brahman com este mantra, o sādhaka, com seu povo, pode comer de qualquer coisa, quer seja cozido ou cru. Na partilha deste alimento, nenhuma regra como casta ou tempo precisa ser observada. Ninguém deve hesitar em tirar sobras do prato de outro, quer tal pessoa seja pura ou impura.

3:83-104 – Quando e qualquer que seja o local, seja lá como tiver sido obtido, comer sem escrúpulo o questionar o alimento dedicado a Brahman. Tal alimento, Oh Devī!, mesmo os Devas não o conseguem facilmente, e ele purifica atém mesmo ser trazido por um caṇḍāla (pessoas de casta inferior), ou se ele é tomado da boca de um cachorro. Quanto aos efeitos de tais partilhas de tal alimento entre homens e semelhantes criaturas, o que, Oh Adorada dos Devas!, deveríamos dizer disto? É considerado excelente até mesmo pelos Devas. Sem dúvida a partilha deste Sagrado Alimento, seja uma única vez, livra os grandes pecadores e todos os pecadores de seus pecados. O mortal que come disto adquire tamanho mérito que só poderia ser obtido por se banhar e dar esmolas em trinta e cinco milhões de lugares sagrados. Por comer dele, dez milhões de vezes maior mérito é obtido do que pelo Sacrifício do Cavalo ou, de fato, por qualquer outro sacrifício que seja. Sua excelência não pode ser descrita por dez bilhões de línguas e bilhões de bocas. Onde quer que o sādhaka esteja, e embora ele seja um caṇḍāla, ele alcança a união com o Brahman no momento que ele participa do néctar dedicado a Ele. Até mesmo os brāhmaṇas versados no Vedānta devem tomar alimento preparado pelos homens de casta inferior se esse alimento é dedicado a Brahman. Nenhuma distinção de casta deve ser observada em comer alimento dedicado ao Supremo Espírito. Quem acha que é impuro, é um grande pecador. Seria mais tolerável, Oh Amada!, cometer centenas de pecados ou matar um brāhmaṇa do que desprezar alimento dedicado ao Supremo Brahman. Aqueles tolos que rejeitam alimento e bebida feitos sagrados pelo grande mantra causam a queda de seus ancestrais em regiões inferiores e eles mesmos vão de cabeça para o inferno de escuridão cega, onde eles permanecem até a Dissolução das coisas. Nenhuma Liberação há para quem despreza alimento dedicado a Brahman. Pela sādhanā deste grande mantra, todas as ações do sādhaka tornam-se meritórias; no sono o mérito é adquirido. Nesta sādhanā, qualquer Ācāra (comportamento tal como Veda, Vaiṣṇava, Śaiva etc) que é do agrado do sādhaka pode ser seguido. Pois, que necessidade há de práticas Vedicas ou daquelas dos Tantras? Para quem é devotado a Brahman e que realizou que tudo é Brahman, a regra a ser seguida é a sua própria inclinação. Para eles não existe nem mérito e nem demérito na realização ou não realização dos ritos costumeiros. Na sādhanā deste Mantra de Brahman ele não encontra nem obstáculo e nem fracasso. Pela sādhanā deste Dharma, Oh Grande Devī!, o homem deve ser verdadeiro, conquistador das paixões, devotado aos bons de seu povo, não afetado pelo o que quer que aconteça, puro de propósito, livre de inveja e astucia, misericordioso e puro de mente, devotado ao serviço e buscando o bem estar dos seus pais, um ouvinte sempre das coisas divinas, um meditador sempre em Brahman. Sua mente está sempre em torno da busca por Brahman. Com força de determinação mantendo sua mente sob controle, ele está sempre consciente da proximidade de Brahman. Quem é iniciado no mantra de Brahman não mente ou pensa em prejudicar e não irá com a esposa dos outros. No início de tudo que dever ser feito, deixe-o dizer, “Tat Sat”; e antes de comer ou beber qualquer coisa, deixe-o dizer “que isto seja dedicado a Brahman”. Para o conhecedor de Brahman, o dever consiste em ação para o bem estar do mundo. Este é o Sanātana Dharma.


Mantra: Tat Sat | antes de começar algo
Mantra: brahmārpaṇamastu || eu ofereço isto a Brahman; antes de comer e beber

Gāyatrī Mantra

3:105-108 – Agora, Oh Śāmbhavī!, falarei a Ti dos deveres relacionados ao saṅdhyā na prática do Mantra de Brahman, por meio do qual os homens adquirem a Riqueza verdadeira que vem para eles na forma de Brahman. Onde quer que ele possa estar, e qualquer que seja a postura (āsana), o excelente e bem intencionado sādhaka deve, pela manhã, meio-dia e ao entardecer, meditar em Brahman da maneira prescrita. Em seguida, Oh Devī!, deixe-o fazer japa do Gāyatrī cento e oito vezes. Oferecendo o japa ao Devatā, deixe-o prestar obediência na forma que eu tenho falado. Agora, falarei a Ti do saṅdhyā a ser usado por ele na sādhanā do Mantra de Brahman e pelo qual o adorador deve se tornar puro de coração. Ouça-me agora, Tu que és representada com graça, o Gāyatrī que destrói todo pecado.

3:109 – Diga “parameśvara” no dativo singular e em seguida “vidmahe” e, Querida!, depois da palavra “paratattvāya”, diga “dhīmahi” adicionando, Oh Devī!, as palavras “tanno brahma pracodayāt”.

Gāyatrī Mantra: oṁ parameśvarāya vidmahe paratattvāya dhīmahi | tanno brahma pracodayāt ||

3:110-111 – Gāyatrī Mantra – Que nós possamos conhecer o Supremo Senhor; deixe-os contemplar a Suprema Realidade, e que aquele Brahman nos direcione. Este é o auspicioso Gāyatrī de Brahman, o qual confere Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa.

 

Puraścaraṇa

3:112-119 – Tudo que é feito, seja adoração ou sacrifício, banho, bebida ou comida, deve ser acompanhando da recitação do Brahma-Mantra (oṁ saccidekam brahma). Quando se levantar no meio da quarta parte da noite, e depois de se curvar ao preceptor que dá iniciação no mantra de Brahman, deixe-o recitar com toda lembrança. Em seguida, obediência deve ser feita a Brahman como já mencionado depois de meditar Nele. Este é o rito prescrito pela manhã. Para o o Puraścaraṇa, Oh Bela!, japa do mantra deve ser feito trinta e duas mil (32.000) vezes; oblação, três mil e duzentas (3.200) vezes; o oferecimento de água (tarpaṇa) ao Devatā, trezentas e vinte (320) vezes; a aspersão de água (abhiṣekam ou marjanam) sobre o Devatā trinta e duas (32) vezes; e alimentar (bhodanam) deve ser feito a quatro Brāhmaṇas. Neste puraścaraṇa nenhuma regra recisa ser observada tocando alimento ou com aquelas que devem ser aceitadas ou rejeitadas. Nenhuma necessidade de hora auspiciosa nem local para a realização a serem selecionados. Quer ele esteja em jejum ou tenha tomado alimento, quer ele tenha ou não tomado banho, deixe o sādhaka, conforme ele esteja inclinado, a fazer a sādhanā com este mais excelente mantra. Sem problemas ou dor, sem Hino, Kavacam, Nyāsa, Mudrā ou Setu ou Kullukā, sem a adoração de Gaṇeśa como o Ladrão e assim por diante com certeza e rapidamente o mais Supremo Brahman é encontrado face a face.

3:120-121 – Na sādhanā deste grande mantra, nenhum outro saṅkalpa é necessário além da inclinação da mente para isso. Nele o que é prescrito é a pureza de disposição. O adoradora de Brahman, Oh Devī!, deve ver Brahman em tudo. Na sādhanā deste mantra nenhum mal ou demérito segue de qualquer omissão daí decorrente. Esta sādhanā do grande mantra é a recitação dele.

3:122-129 – Neste terrível e pecaminosa Era de Kali desprovida de Tapas e tão difícil de atravessar, a verdadeira semente da Liberação é a sādhanā do Mantra de Brahman. Em vários Tantras e Āgamas eu prescrevi diferentes modos de sādhanās, mas esta, Oh Grande Devī!, estão além dos poderes dos homens débeis desta Era. Pois eles, Oh Amada!, são de vida curta, sem iniciativa, suas vidas dependem de alimento, cobiçosos, ansiosos por obter riqueza, de mente agitada, tão instáveis em seus intelectos que não tem descanso mesmo em suas tentativas em yoga (samādhi). Incapazes também de sofrer e impacientes com as austeridades do Yoga. Para a felicidade e Liberação deles, eu ordenei o Caminho de Brahman. Oh Devī!, verdadeiramente e verdadeiramente eu digo a Ti que nesta Era não há outra caminho para a felicidade e a Liberação do que aquele pela iniciação no Brahma Mantra. Eu novamente digo a Ti que não existe outro caminho. A regra em todos os Tantras é que, aquilo que é prescrito para a manhã deve ser feito na manha, saṅdhyā três vezes por dia, e adoração ao meio dia, mas, Oh Auspiciosa!, na adoração do Supremo Brahman não há outra regra senão a inclinação do adorador. Uma vez que na adoração de Brahman as regras são apenas servos e as proibições não têm importância, quem buscará abrigo em qualquer outro caminho? Se o discípulo pode obter um Guru que é um conhecedor de Brahman, plácido e de mente estável, deixe-o segurar seus pés de lótus e suplicar a ele em espirito devoto como se segue:

Súplica ao Guru

3:130 – Oh misericordioso! Senhor do angustiado! Em ti venho buscar proteção; lance então as sombras dos seus pés de lótus sobre a minha cabeça, Oh tu cuja riqueza é fama (ou seja, o bom nome).

karuṇāmaya dīneśa tavāhaṁ śaraṇagataḥ |
tvatpadāmbhoruhacchāyaṁ dehi mūrdhni yaśodhana ||

Transmissão do Mantra pelo Guru

3:131-134 – Tendo assim orado e adorado seu Guru com todos seus poderes, deixe o discípulo permanecer diante dele em silencio com as mãos postas. O guru irá então, cuidadosamente e de maneira ordenada, examinar os sinais e as qualidades do discípulo, chamando-o gentilmente para ele e dando ao bom discípulo o grande Mantra. Deixe o sábio Guru sentar em um assento com sua face para o Leste ou para o Norte, colocar seu discípulo à sua esquerda e olhar com compaixão para ele. O guru, depois de fazer o Ṛṣi Nyāsa, colocará sua mão sobre a cabeça do discípulo e para o siddhi deste último fará japa do mantra cento e oito vezes.

3:135-137 – O excelente Guru, joia de gentileza, deve em seguida sussurrar o mantra sete vezes no ouvido direito do discípulo se ele é um Brāhmaṇa, ou no ouvido esquerdo se ele é de outra casta. Oh Kālikā!, descrevi agora a maneira no qual as instruções no Brahma-Mantra devem ser dadas. Para isto não existe necessidade de Pūjā e o seu saṅkalpa deve ser somente mentalmente. O Guru deve, então, levantar o discípulo, agora como seu filho, que está deitado prostrado aos seus pés de lótus, e dizer com afeição o seguinte.

Réplica do Guru

3:138 – Levante, meu filho, tu estás liberado. Seja sempre devotado ao conhecimento de Brahman. Conquiste tuas paixões. Seja verdadeiro, e tenha força e saúde sempre.

uttiṣṭa vatsa mukto’si brahmajñānaparo bhava |
jitendriyaḥ satyavādī balārogyaṁ sadātu te ||

3:139-142 – Deixe o excelente discípulo se levantar e fazer um oferecimento de seu próprio eu, dinheiro ou uma fruta, como ele puder pagar. Permanecendo obediente ao comando de seu preceptor, ele pode então vaga pelo mundo como um Deva. Imediatamente à sua iniciação neste Mantra, ele se torna unido com Brahman. O que é necessário, então, Oh Deveśī!, para alguém praticar vários tipos de sādhanā? Oh Querida! Eu falei brevemente a Você da iniciação no Brahma-Mantra. Para tal iniciação, o modo de misericórdia do Guru é unicamente necessário. O adorador do Poder Divino, de Śiva, do Sol, de Viṣṇu, Gaṇeśa, Brāhmaṇas versados nos Vedas e todas as outras castas podem ser iniciados.

3:143-145 – É pela graça deste Mantra, Oh Devī! que eu me tornei o Deva dos Devas, que eu conquistei a Morte, e que me tornei o Guru do mundo inteiro. Por ele eu tenho feito o que eu desejo, expulsando de mim a ignorância e a dúvida. Brahmā (da Trimūrti), os Brahmarṣis (filhos de Brahmā), os Devas (tal qual Indra e outros), os Devarṣis (Munis, Vyāsa e outros) primeiro fizeram sādhanā deste Mantra após recebe-lo de mim. Os Munis o obtiveram dos Devarṣis e os Rājarṣis (reis que se tornam Ṛṣis, tais quais Janaka, Rituparṇa e outros) dos Munis. Todos estes. Oh Amada!, pela sādhanā deste mantra alcançam união com Brahman pela Misericórdia do Paramātmā.

3:146-150 – Na iniciação com este Brahma-Mantra, Oh Grande Devī!, não há restrições. O Guru pode, sem hesitação, dar a seu discípulo seu próprio Mantra, um pai pode iniciar seus filhos, um irmão pode iniciar seus irmãos, um marido sua esposa, um tio materno seus sobrinhos, um avô materno seus netos. Tal falha como o que existe em qualquer outro lugar, nas outras formas de iniciação, ao dar de si mesmo o Mantra de um pai a outro parente, não existe no caso deste grande e poderoso Mantra. Aquele que ouviu isso, seja como for, dos lábios de um iniciado no conhecimento de Brahman, é purificado, e alcança o estado de Brahman, e não é afetado nem pela virtude e nem pelo pecado. Os chefes de família da casta Brāhmaṇa e de outras casas que oram com o Brahma-Mantra, devem ser honrados e adorados como sendo o maior de suas respectivas classes.

3:151 – Brāhmaṇas se tornam imediatamente como aqueles que conquistaram suas paixões, e as pessoas de castas inferiores se tornam iguais a Brāhmaṇas. Portanto, deixe todos adorarem aqueles iniciados no Brahma-Mantra, e assim conhecedores de Brahman. Quem os insulta incorre no pecado de assassinos de Brāhmaṇas e vão para o terrível inferno onde permanecem tanto tempo quanto o Sol e as Estrelas existirem. Insultar e caluniar um adorador do Supremo Brahman é um pecado dez milhões de vezes pior do que o assassino de uma mulher ou de fazer um aborto. Assim como os homens pela iniciação no Brahma-Mantra tornam-se livres de todos os pecados, assim, Oh Devī!, eles também são libertados pela adoração de Ti.

Brahman é a Suprema Consciência. Brahmā é a divindade parte da trimūrti Brahmā, Viṣṇu e Śiva.


Fim do 3º Capítulo intitulado “Instrução Relativa à Adoração do Supremo Brahman”.




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